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Quando saber a hora de mudar? Entenda as pistas que a vida dá
Magnet.me | Unsplash
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Quando saber a hora de mudar? Parar? Tomar outro caminho? Sair de onde se está custa: custa esforço, coragem, desapego. Não é fácil desapegar-se de si. Deixar para trás uma parte tão familiar e costumeira de um velho rosto conhecido. O meu. O nosso. Despedida dói. E não dói só quando aquilo de que se despede é bom. Dói também se despedir da dor. Do sofrimento, do silêncio, da angústia. A gente se apega a tudo que há quando o que existe é recorrente, quando está tão dentro que a gente nem acha que sente.  

O medo de mudar

Tem quem passe a vida calando a ânsia de mudar, imóvel diante do receio da iniciativa e de tudo o que vem colado nela. Mover tira as coisas do lugar.

Rearranjar os espaços dentro e fora é tarefa extenuante. Mas, também é capaz de preencher com possibilidades.

Inesgotáveis. Tudo o que ainda não foi pode ser. E o “poder ser” é força em movimento, esperança, vontade, desejo. É saudade. Saudade daquilo que a gente sempre quis, mas ainda não se deu. Saudade também pode levar para frente.

A projeção do ideal

Há quem se despeça toda hora. Sem dar tempo para cada arranjo se assentar. Para ver, sem expectativas e a fundo, o que e como pode se dar.

Na correria desenfreada pela felicidade ideal, pelo filho ideal, parceiro ideal, trabalho ideal, morada ideal, autoimagem ideal, a nada se prende.

Com medo de criar raízes em solo não ideal, sem se dar conta da absoluta impossibilidade de um mundo ideal projetado, viável apenas na nossa egoísta e imatura projeção. O mundo não é como gostaríamos, nem o outro. Tampouco nós. Somos a busca pela nossa melhor versão, ou não.

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Dá para saber a hora de mudar?

Como saber, então, a hora de mudar? Encerrar um ciclo? Começar outro? A resposta é não. Não dá para saber. A gente apenas sente e tenta. Acerta algumas vezes, erra muitas outras. Cai e se levanta. Cai de novo. Levanta mais uma vez. Junta alívios e arrependimentos, cozinha tudo na mesma panela. Até dar um caldo forte o bastante para não se importar mais se vai dar certo ou não. Até aprender com os erros e acertos e lidar bem com tudo isso.

No final, não importa aonde a gente vai chegar, nem se vai chegar. O importante é o caminhar.

Absorver o que se apresentar pelo caminho e manter o movimento. Seja na mesma rota ou em outra direção.

Obrigada, de coração

Meu propósito com essa coluna era compartilhar um pouco as impressões de mudar para interior após dezoito anos morando em São Paulo. Com o fim desse ano de experiências, encerro esse ciclo. Não da vida no interior, nem da volta ou não para a capital e, muito menos, dos dilemas, angústias e alegrias tão presentes no cotidiano.

Encerro o ciclo de escrever para o portal da Vida Simples, tão querida e tão cheia de inspiração. O propósito era escrever por um ano e aqui estou, um ano depois, me despedindo com alegria por ter participado desse projeto tão lindo e com imensa gratidão!

Obrigada a todos e que o novo ano traga mais vida simples e muita inspiração!

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