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Eu domino, tu dominas, ou elas dominam…
Istock Portrait of depressed woman, covering face with her hands, side view
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Lidar com as emoções é tomar as rédeas do que sentimos sem permitir que elas tomem conta de nós e nos tragam mais sentimentos ruins

Lendo este título, do que acha que vou falar aqui?

De suas emoções! Sim suas emoções: alegria, euforia, raiva, tristeza, ciúmes, medo, inveja…

Bem, mas para falar sobre emoções decidi, desta vez, contar uma história minha. Será a primeira vez que escrevo publicamente sobre isso.

No final do ano passado (em novembro, para ser mais especifica), a pedido do meu médico, fui realizar uma bateria de exames.  Um deles, um desses exames, era uma mamografia.

Fui tranquila, como sempre, pois para mim era apenas mais um protocolo médico. 

Mas a tranquilidade acabou quando peguei os resultados. Quando peguei especificamente o resultado da danada da mamografia.

Não preciso entrar em detalhes, mas o resultado que líamos ali não era bom – nada bom. Li, reli, e enquanto lia e relia comecei a sentir medo, muito medo. 

Levamos os resultados para serem avaliados e o médico, inspirando profundamente, nos sugere: “Acho prudente conversarem e você, Ana, ser reavaliada por um especialista”. 

Foi o que fiz. E entrando hospital adentro, pergunto onde encontro o especialista por ele indicado. Apontam o caminho para chegar até ele. E atravessando os corredores gelados do hospital, chego até a área onde o encontraria. Na porta a indicação “oncologia”. 

Mais medo.

E o meu medo tinha um motivo, um não, três motivos, que respondem pelos nomes de Mateus, Mavi e Samuel.

E o medo não era só sobre o resultado que eu li ou o que eu via ali, mas de toda a ideia que minha mente começou a criar a partir daquele resultado.

Porque é assim que nossa mente funciona: ela cria ideias, cenários, de uma maneira tão extraordinariamente “maluca”, que dessas ideias e cenários e fantasias nascem diferentes sensações e emoções.

Já aconteceu com você? Já aconteceu de você começar a imaginar alguma situação, ficar pensando como será ou seria se fosse, e então, de repente, começar a se emocionar?

Quer um exemplo: Ciúmes. Já se pegou imaginando seu marido, noivo, namorado, parceiro, já se pegou imaginando ele te traindo?

Sabe aquela imaginação pra lá de fértil que é possível ver os detalhes: vê ele com a pessoa, onde estão, o que estão fazendo, aí vê você chegando e flagrando os dois. Então fica remoendo o que faria nessa hora…

E é um misto de querer se vingar tipo novela das 21h com tentar fazer a superior tipo Miranda de Sex and the City!

E já percebeu que começa a sentir uma raiva, o coração chega a palpitar, a sua mão sua, a garganta seca…

Bem, está aí a lição:

O que me irrita me domina.

O que me amedronta me domina.

O que enciúmo me domina.

O que invejo me domina.

Portanto: Domine suas emoções no lugar de ser dominada ou dominado por elas.
Perceba o que em seu pensamento é o fato real e o que é criação de sua mente.
Reconheça o que está sentindo, de o nome certo para ela (atenção para as tendência de auto e alto julgamento nesse momento) e então domine essa emoção. 

E sim, é possível: Eu domino, tu dominas, e com o tempo, elas não mais nos dominam…  

 

Ana Paula Puga é psicóloga, autora de dois livros, educadora parental, coach e conselheira positiva. Também é casada e mãe de três crianças. Seu instagram é @ana_paula_puga

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