Felicidade: relatório mundial revela ranking de países mais felizes
Um resumo do Relatório Mundial da Felicidade 2024: países mais felizes revelados, Brasil sobe no ranking, EUA não entram no top 20.
Durante o World Happiness Summit, que aconteceu nos dias 19 e 20 de março em Londres, foi lançado o relatório mundial de felicidade do ano de 2024 (World Happiness Report), e eu fui lá para conferir o lançamento em detalhes.
O documento, além de inúmeros dados sobre o bem-estar e a felicidade no mundo, faz uma lista dos países mais felizes do mundo. Nesse ano, o Brasil passou da 49ª posição para a 44ª.
Um dos destaques do relatório desse ano foi que pela primeira vez desde que o Relatório Mundial da Felicidade foi lançado há 12 anos, os EUA não estão classificados entre os 20 países mais felizes do mundo. Está na posição n.º 23, os Emirados Árabes Unidos estão classificados em 22 e a Eslovênia em 21.
Quais são os 20 países mais felizes
De acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, os seguintes são os países mais felizes:
1. Finlândia
2. Dinamarca
3. Islândia
4. Suécia
5. Israel
6. Países Baixos
7. Noruega
8. Luxemburgo
9. Suíça
10. Austrália
11. Nova Zelândia
12. Costa Rica
13. Kuwait
14. Áustria
15. Canadá
16. Bélgica
17. Irlanda
18. Tchéquia
19. Lituânia
20. Reino Unido
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Os países nórdicos seguem no topo da lista, mas é importante ter uma visão geral
Neste ano, não houve muitas alterações nos 10 primeiros colocados do ranking. Assim, os países nórdicos ainda estão dominando as tabelas de felicidade. Mas, para conseguirmos ter uma imagem melhor, é importante olharmos para os 20 melhores como um todo.
Entre eles, há poucos países com grandes populações.
Nos dez primeiros países, apenas os Países Baixos e a Austrália têm populações acima de 15 milhões. Ademais, em todo o top vinte, apenas Canadá e Reino Unido têm populações acima de 30 milhões.
Jovens estão mais infelizes em muitos países, incluindo no Brasil e nos Estados Unidos
Pela primeira vez foi feita uma análise referente à diferentes faixas etárias e os resultados demonstram que existe uma crescente infelicidade entre os jovens de 15 a 24 anos no Reino Unido, Europa, EUA, Brasil e Austrália. Esse resultado é atribuído a desafios econômicos, falta de educação, treinamento de habilidades e moradia acessível.
Além disso, a mídia social também é vista como uma causa de baixa autoestima. Se fossemos pegar apenas essa faixa etária, por exemplo, os Estados Unidos ocuparia a 62ª posição no ranking, e o Brasil a 60ª.
De acordo com os responsáveis pelo relatório, a felicidade dos jovens está diminuindo, aproximando-se da perspectiva menos positiva dos seus pais (que normalmente ocorre na crise da meia-idade), ao contrário das gerações mais velhas que ainda reportam altos níveis de satisfação com a vida.
Isso preocupa os analistas já que a satisfação com a vida durante a infância e juventude é historicamente um indicativo muito importante na vida futura da sociedade.
Ainda segundo os professores, a responsabilidade em relação à saúde mental dos jovens não pode ser atribuída e delegada apenas aos governos, mas a cada elemento da sociedade, seja família, seja escola, seja comunidade, que tem muita responsabilidade nesse processo.
E isso se comprova já que, apesar das dificuldades, países como Lituânia, Israel e Sérvia têm os jovens mais felizes.
O que é o Relatório Mundial da Felicidade?
O World Happiness Report é uma parceria entre a Gallup, o Centro de Pesquisa em Bem-estar de
Oxford, juntamente com a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Conselho Editorial do WHR (Relatório Mundial da Felicidade), que produz o relatório.
O documento tem o objetivo de refletir uma demanda mundial por mais atenção à felicidade e ao bem-estar, de modo que eles sejam vistos como critérios para o desenvolvimento de políticas governamentais.
De acordo com os dados coletados, ele revisa o estado da felicidade no mundo hoje e mostra como a ciência da felicidade explica as variações pessoais e nacionais na felicidade.
Dados sobre felicidade são coletados em todo o mundo
A pesquisa coleta respostas de mais de 100.000 pessoas de todo o mundo.
As pessoas em diferentes países classificam sua felicidade imaginando uma escada com 10 degraus. Desse modo, o primeiro e mais baixo degrau da escada representa o pior dos piores cenários que a vida de uma pessoa pode ter. Já o décimo, isto é o mais alto degrau, representa a melhor vida de uma pessoa. Os pesquisadores então perguntam às pessoas em que degrau elas acreditam estar.
Para quem tem interesse em acessar o documento completo, basta acessar o site.
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