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Amizade vale muito: que bom que a gente se tem!
Amizade se prova em tempos difíceis (Foto: Taylor Smith/Unsplash)
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Querido leitor,

Hoje é 16 de agosto de 2024 e não sei em que dia você lerá essas palavras. São verdadeiras e atemporais, e quando encontrarem seus olhos e atenção, levarão todo o meu sentir!

Falarei brevemente de mim – o que não é comum por aqui – embora em todos os textos há muito de tanto do que sou. Vivo e trabalho em cidades distintas. Se quiser, pode me chamar de viajante, que eu não ligo!

Empresária e profissional liberal, faço da escrita meus relatos, faço da estrada meus caminhos. Têm dias que até o pin do Google cansa de me acompanhar, e nessa mistura de rotinas, prezo por tempos com quem, além dos rolês do dia a dia, me oxigena a alma quando falta o ar. Traduzindo: amores & amigos!

Amizade é afago e descanso para alma

Hoje mais cedo encontrei com a Fernanda. Sempre que dá, a gente senta pra falar da vida. Papos longos se cruzam com bobagens, às vezes a gente chora de rir, noutras chora de chorar. Enquanto o tempo expira e a pauta não se esgota, dividimos um pedaço da torta de chocolate. Cada uma pede um café. No combo do tchau, sempre tem beijo, abraço apertado & selfie. Fotografia é minha rede de apoio em dias de saudade!

“Que bom que a gente se tem!”, me escreveu ela algumas horas depois, quando enviei o registro fotográfico do nosso encontro. Que bom que a gente se tem, repeti baixinho.

Sigo o dia pensativa com a frase, me soou um tanto familiar. Exatas palavras que outra pessoa que amo muito me diz com frequência. Para mim, suspiros de amor em tempos apressados traduzem que a vida é boa, e ponto final. Nada mais a dizer, apenas sentir!

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A força da união quando a gente se tem

Nessa semana completou 100 dias da enchente que engoliu caminhos, estradas, pontes e histórias no Rio Grande, terra onde vivo. Na correnteza desses tempos de recomeço, os meses se multiplicam e parecem se esticar. Parece que a tragédia foi ontem, ainda é visível e fortemente percebida.

Nesse processo vivido na carne, ossos, espírito e coração, as cicatrizes são profundas. Estamos longe de superar perdas tão grandiosas, mas queiramos ou não, a vida segue como os rios, em seu curso próprio. Durante um breve e extraordinário período, muitos corações pulsaram em gêmeas frequências, e asseguro a você: a gente (povo gaúcho) atravessou essa tragédia com amparo de muitas pessoas que aqui hoje me leem.

De vocês recebemos suporte emocional, financeiro, comida, roupas, cobertores, livros, além de imenso e imensurável aparato necessário ao recomeço. Dignidade e compaixão são palavras vizinhas, caminham juntas, e vocês nos abraçaram nesse processo de costura e reescrita de tantas novas histórias com diversos roteiros.

Todo apoio, por tantas vezes anônimo, tem sido de uma potência tão sublime que palavra alguma pode descrever. Por isso, hoje, reverberando dentro de mim a frase da amiga com quem divido a vida e bolos de chocolate, vos falo publicamente:

Que bom que a gente se tem!

Obrigada pro tanto!

Beijos meus.

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