A inteligência artificial nos lembra como é bom ter encontros genuínos
O encontro entre Elis Regina e Maria Rita que só a inteligência artificial nos proporcionou revela ainda a necessidade dos encontros genuínos
O que nos conecta com quem não volta mais, com alguém querido? Um momento, uma viagem, uma palavra? Será a lembrança, a presença, talvez a saudade… Mas, pouco importa “a ponte”. Precioso mesmo é estender o tapetinho de estrelas e se deixar viajar entre mundos distintos.
Nas andanças da minha imaginação, existe uma rachadura que sutilmente divide PRESENTE e PASSADO, digital e analógico, e é justamente nessa erosão das estradas que as saudades montam sua barraquinha. Às vezes pernoitam, noutras desejam apenas contemplar o céu, o sol e a lua, com direito à trilha sonora.
O ONTEM sequer avisa, mas em velocidade excessiva desaparece como faísca. Grandes chances de gastar ali todos os seus pontos da CNH da vida real, sem direito à contestação ou recursos. O tempo passa e não volta, guarde bem essa informação com você; por mais óbvia que seja, servirá para reflexões sobre como queremos viver o presente e recordar o passado. Carpe diem, como poetizou o romano Horácio nos tempos idos 65 a.C.
Eu sei, você sabe, todo mundo sabe: a vida é escolha diária!
Nessa terça, logo cedo, o celular notificou a chegada de várias mensagens com um mesmo vídeo, acompanhadas do recado “não deixa de assistir”. Ser lembrada em tempos atuais é dos sinais mais bacanas dos relacionamentos, logo, o que os amigos indicam, prestigio. Como sabem que viajo a bordo de uma kombi 2004 e curto os caminhos, de cara percebi que o vídeo se tratava desse assunto, mas estava no interior e wifi rural é tipo mulheres em menopausa: uma oscilação maluca entre tudo ou nada!
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A tecnologia decidiu que naquele momento eu não teria acesso ao vídeo e o deixou estacionado na minha caixa de mensagens. Como tudo tem seu tempo e momento, horas depois assisti o comercial da Volkswagen Brasil. Danadinhos os criadores desses quase 2 minutos de viagem entre passado e presente, viu… Ali deu liga entre inteligência artificial e um encontro de kombis digno de sacolejar corações; ali estava Elis Regina cantando Belchior com Maria Rita!
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A inteligência artificial e os “encontros analógicos”
Assisti, arrepiei. Com passaporte livre pra embarcar na peça publicitária, assisti outra vez. Comoção nas alturas! Saudade de Elis, dos anos 80, da brasília do vô, de dividir risadas e o assento traseiro com irmãs e primas. Tempos que não voltam, mas estavam adormecidos aqui dentro. Se você assistiu, a emoção e percepção deve ter sido distinta, e essa é a graça das histórias.
Acontece que a pimentinha partiu há 41 anos, e confesso me assustar com passado e presente num só lugar. Reflexões sobre IA também viralizaram nas redes nesse mesmo dia. Sugiro a leitura do post do colega, aqui da Vida Simples, Tiago Bellote, que discorreu sobre o mesmo tema, com foco no poder X escolhas de se imortalizar histórias por meio de IA.
Sou das antigas, acredito que os encontros genuínos e analógicos são ainda mais verdadeiros.
Sei que inteligência artificial é ferramenta incrível, mas pra mim viver de verdade é infinitamente mais. E aqui sigo ao pé da letra, no caso, da música: VIVER É MELHOR QUE SONHAR!
Beijos meus!
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