O que tem dado certo para você até aqui?

Eles entram no meu consultório tristes, decepcionados, frustrados, abatidos, desorientados, desesperançosos. São as emoções negativas, são os eventos ruins, são os problemas aparentemente insolúveis que os trazem até mim.

Eles, no caso, são os meus pacientes e aconselhados. Mas “eles” podem ser você, que lê este texto agora. Talvez seja você que está se sentindo com algum (ou alguns) desses sentimentos: tristeza, decepção, frustração, desorientação, desesperança. Talvez seja você perdendo noites de sono ou vendo seus dias passarem e nada mudar, nada acontecer de diferente, os mesmos conflitos, os mesmos problemas que parecem não ter fim e nem solução.

Primeira e boa – porque sou dessas, adoro contar coisa boa logo de cara – notícia: você só se sente assim porque é humana, porque é humano! Portanto, respire, inspire e expire, aceitando essa sua humanidade.

Chegando, eles sentam e então começam a discorrer sobre: “O que trouxe você aqui?”. O problema, no caso.

Eles falam e são ouvidos. Mas de repente são surpreendidos: “Agora, me diga (fulano/fulana): o que tem dado certo até aqui?”.

Quer saber a resposta imediata deles? Eles repetem a pergunta: “O que tem dado certo até aqui?”. Apesar da dificuldade inicial, começam a listar o que de bom foi conquistado até aquele momento.

Agora, novamente, coloque-se no lugar do “eles”.

– O que tem dado certo pra você até aqui?
– No que tem prosperado?
– Olhando à sua volta, em sua casa, em sua família, em sua comunidade, em seu trabalho, quando vê o que é bom, quanto disso foi por contribuição sua?
– Quais são suas maiores realizações até aqui?

Essa é outra boa notícia! Essa nova perspectiva é um convite para você. Não um convite para negar a realidade, com seus conflitos, problemas e dificuldade, mas para que não menospreze nem atribuía sentimento de menos valia ao que SIM, deu certo, APESAR de tudo!’.

“Os momentos especiais de hoje são as memórias de amanhã”, disse o Gênio da Lâmpada em Alladin. Reconheça-os, valorize-os, ilumine-os e assim terá o caminho para as boas lembranças e para viver, não tentando curar-se de dores, mas buscando valorizar e viver a vida abundante.

“O que tem dado certo pra você até aqui?”