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Precisamos falar sobre a Síndrome do Impostor
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Neste artigo:

Primordialmente, reconheça suas conquistas. Resgate na memória seus feitos e os obstáculos que já superou. Não se compare com outras pessoas

 

A qualquer hora vão me descobrir. Vão saber que sou uma fraude e não deveria estar aqui, ocupando este espaço. Imagina quantas pessoas incríveis poderiam estar escrevendo uma coluna para a Vida Simples? Aliás, olha quantas pessoas sensacionais são colunistas da revista. Já sei, não vou entregar o texto da semana. Vou dizer que tive um problema e que, inclusive, talvez seja melhor eles encontrarem outra pessoa. Vai ser fácil, tem uma fila de gente querendo estar aqui. Foi sorte eu já ter durado tanto tempo.

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O parágrafo anterior é só um trechinho do que uma pessoa com Síndrome do Impostor pode passar. Entretanto, o sofrimento não cabe em poucas linhas. É interminável. Como se você ocupasse um lugar que não é seu. Desqualificando suas capacidades, subestimando seu potencial e superestimando os talentos dos outros. Sou bom o suficiente? Muitas pessoas, inclusive aquelas admiráveis, como Michelle Obama já se questionaram isso. Mas quem sofre desse mal, pensa que é o único ou a única. E consumido pelos próprios pensamentos, começa a se autossabotar. Deixando oportunidades passarem ou abandonando um lugar que já atingiram e sempre quiseram alcançar.

Reconheça as suas conquistas

Mais comum do que imaginamos, a sensação de ser uma fraude está ligada, principalmente, às atividades criativas, nos dizem especialistas. Por hoje, vou me ater a falar da produção de conteúdo digital. Muitas vezes, temos o sonho de criar um novo projeto para falar sobre um tema que gostamos. Idealizamos até o formato. Poderia ser um podcast? Quem sabe um canal no YouTube? Um perfil no Instagram?

Aí a pergunta ataca, sem cerimônia, novamente: mas, será que eu sou bom o suficiente? Acreditar que outras pessoas são mais qualificadas para falar sobre o tema é sintomático. E, por vezes, passa pela normalização do seu conhecimento. Uma falsa ideia de que tudo que você sabe as outras pessoas também sabem. E que outras pessoas sabem mais e são capazes de fazer melhor. Se isso já te aconteceu, se dê outra chance. Certamente alguém sabe mais sobre esse assunto do que você. Mas a certeza é a mesma para o fato de que tem outras tantas que não sabem.

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Reconheça suas conquistas. Resgate na memória seus feitos e os obstáculos que já superou. Não se compare com outras pessoas. Sua abordagem sobre qualquer tema vai ser única, porque ninguém enxerga as coisas da mesma forma com você. E isso não tem a ver com superioridade ou inferioridade. É sobre unicidade. Seja generoso com você e com os outros. Tem alguém lá fora precisando de algo que você sabe. E uma coisa eu te garanto: a alegria de ver seu conteúdo cumprir seu papel, decerto, vale qualquer receio que você tenha sentido antes de publicá-lo.

Jornada do Conteúdo com Propósito

Esse texto faz parte da Jornada do Conteúdo com Propósito e Impacto. Um convite meu para você apresentar ao mundo algo que sabe e que pode fazer muita diferença na vida de outras pessoas. Entretanto, se estiver chegando agora, é possível ler os textos anteriores aqui e ver os vídeos que fazem parte dessa série, lá no meu perfil do Instagram com  e os episódios 1, 2, 3, 4, 5 e 6, 7 e 8 já no ar.

Tiago Belotte é fundador e curador de conhecimento no CoolHow – laboratório de educação corporativa que auxilia pessoas e negócios a se conectarem com as novas habilidades da Nova Economia. É também professor de pesquisa e análise de tendências na PUC Minas  e no Uni-BH. Seu Instagram é @tiago_belotte. Escreve nesta coluna quinzenalmente, aos sábados.

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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