Minhas cinco regras para evitar o consumismo
A assinante de Vida Simples, Mariângela Fragão, enviou um texto sobre consumismo e suas cinco regras para driblar esse vício -- especialmente nas férias
Em tempos de consumo desenfreado, especialmente na época de férias, a leitora Mariângela Fragão, da comunidade Vida Simples, enviou para o blog Você + Simples suas cinco afirmações para evitar o consumismo. Boa leitura!
Estou cansada de gastar em coisas que não preciso e depois jogar fora uma porção de inutilidades. Você se sente da mesma forma?
Nossa sociedade parece nos dizer a todo momento que mais significa melhor. Nas férias, por exemplo, há uma predisposição para gastar o dinheiro em eletrônicos, roupas, perfumes e outros artigos que, de fato, não precisamos.
Presentear-se é uma atividade intrínseca em tantas ocasiões e, em contrapartida, desfazer-se das coisas tende a ser muito menos frequente.
Eu própria, percebo que só me desfazia de coisas inúteis quando eu me mudava de residência. Ou quando estava sobrecarregada pelo ciclo sem fim de reorganizar minha sempre crescente coleção de bugigangas ou, mais polidamente, coisas sem utilidade.
Após um longo período praticando a filosofia de sempre comprar mais, e comprar, e comprar, e comprar, eu finalmente concluí que estava superlotada de coisas que eu não queria e nem precisava.
Chegou a hora de mudar. Eu precisava aprender a amar o que eu já possuía. Eu estava viciada em comprar coisas novas e isto precisava ser interrompido.
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Cinco regras para evitar o consumismo
Eis o que eu disse para mim mesma:
1) Você não precisa de coisas que não beneficiam alguém
Se eu vou comprar alguma coisa que vai ficar encostada numa prateleira qualquer, então ela não é necessária. Minha garagem está cheia de coisas desse tipo.
Eu tenho certeza que outras pessoas necessitam de coisas assim e eu as estou deixando só acumulando pó. Tem alguma coisa errada! Está na hora de eu amar o que já possuo e fazer mais uso disso.
2) Você não precisa de coisas que façam com que fique endividada
Quanto mais eu compro, mais endividada eu fico. Este é um problema para todas as pessoas em nossa sociedade.
Eu percebi que precisava aprender a amar o que tinha para equilibrar minhas finanças. Além do que, as melhores coisas da vida chegam até nós sem uma etiqueta de preço.
3) Você precisa de nada que faça você querer mais
Você já comprou algo e descobriu que você precisaria de alguns outros itens adicionais? Isso já aconteceu comigo quando eu comprei algo para decorar minha casa.
É difícil comprar um único objeto de decoração quando mais alguns me ajudam a compor o visual que estou procurando.
E se eu tentasse gostar daquilo que já existe na minha casa? Talvez eu devesse ser mais contida e parar de procurar por mais posses, como resposta para resolver meus problemas.
4) Você não precisa de coisas que faça você esquecer o que é mais importante
Quando você organiza seu ambiente, começa a perceber o que realmente é importante. Muitas vezes, excessos podem confundir seu julgamento.
A ação real de decidir o que não lhe faz falta força a aprofundar o seu olhar sobre as suas mais importantes motivações.
5) Você não precisa ter coisas que a impeça de mudar
Finalmente, eu descobri que muitas vezes eu compro coisas porque tenho medo de realizar importantes mudanças em minha vida.
É claro que a mudança é apavorante. Mas, eu mesma estou pronta para superar o meu medo e aprender a ser feliz com o que eu já possuo. Então, eu posso verdadeiramente crescer como pessoa.
Amar o que temos é a saída do consumismo
Amar o que você já tem pode ser desafiador. Entretanto, toda vez que eu me lembro destas 5 afirmações, é mais fácil para mim encontrar contentamento em minha vida.
Amar o que eu já possuo me leva a um estilo de vida minimalista e, certamente, mais feliz.
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Mariângela Fragão construiu sua carreira no gerenciamento de projetos de tecnologia da informação em empresas de grande porte, nacionais e multinacionais. Especialista em arquitetura de soluções, em projetos de implantação de sistemas e projetos de inovação de produtos e serviços, realiza trabalhos voluntários no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e no Grupo Mulheres do Brasil, onde é uma das líderes do Comitê Vozes do Núcleo São Paulo.
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