Amor e sexo
Sexo é bom, é saudável e faz bem. Mas vivemos numa cultura que ele ainda é tabu e a maioria ainda tem ideias e conceitos errados e, muitas vezes, até ruins sobre o assunto
Sempre buscamos por um relacionamento bacana, de amor e respeito, mas na maioria das vezes isso parece não acontecer. Primeiro porque falta, antes de mais nada, amor próprio. E quando não nos amamos verdadeiramente, também não nos respeitamos, não nos priorizamos, e acabamos atraindo pessoas que vão fazer o mesmo conosco.
Nessas relações quem sofre mais é a mulher. Pois, para a mulher, a qualidade do sexo e sua entrega está diretamente ligada ao quanto nos sentimos amadas na relação. Nós – raramente – separamos amor e sexo. E além disso, para não perder o parceiro, há mulheres que buscam no outro, o amor que não têm por si mesmas. Se ferem ao fazer sexo sem vontade, sem querer ou estarem dispostas a isso. Tudo isso só para não perderem o parceiro.
Já para o homem, mesmo que ele não se sinta amado, ou o relacionamento esteja péssimo, o “sistema” dele funciona diferente. Amor e sexo não dependem tanto do sucesso um do outro, e o prazer sexual não deixa de existir mesmo nos “baixos” da relação. Se o homem é mais sensível, com a energia yin (feminina) em equilíbrio, ele sabe perceber quando a mulher está ali de corpo e alma, ou só de corpo. Aliás, qualquer ser humano sabe perceber isso, mas alguns simplesmente fingem não perceber pra não ter que lidar com a questão. Para o homem é mais difícil olhar e conversar sobre o assunto. Ele não sabe fazer isso.
E a mulher, que percebe o mesmo no parceiro, ou que estiver “cumprindo seu papel na cama” só para satisfazer o outro, uma hora ou outra, vai ter que lidar com essa questão, pois não há relacionamento que dure se ambos não estiverem verdadeiramente conectados. E não há sexo que segure relações onde o amor não for o real motivo de unir o casal.
O tabu do sexo
Sexo é bom, é saudável e faz bem. Mas vivemos numa cultura que ele ainda é tabu e a maioria ainda tem ideias, referências, conceitos errados e, muitas vezes, até ruins sobre o assunto. Isso quando o primeiro contato ou experiência já não aconteceu de uma forma não tão legal, porque numa sociedade que não trata o sexo com a naturalidade que ele tem que ter, certamente as pessoas que vivem nela vão deturpá-lo a ponto de deixá-lo feio e ruim, e vão agir assim sexualmente umas com as outras.
O meu “despertar” sobre o porquê dos meus relacionamentos não fluírem e, consequentemente, sobre meu comportamento sexual, veio justamente um ano depois de um acidente muito grave que sofri. Foi ele que me colocou em contato com meu corpo de uma forma nunca vivida antes. Eu recobrei meu amor próprio. Compreendi o templo que meu corpo representa. E passei a me conectar com relações onde também sou amada, respeitada e onde o sexo só acontece se ambos estão bem.
Então, conscientize-se de que o sucesso dos seus relacionamentos – e consequentemente a sua fluidez sexual – só pode se dar quando você se der amor e respeito antes de tudo. Já ouviu falar “cuide do seu jardim primeiro, para que então as borboletas cheguem até você”? É isso!
Kareemi é criadora da Ginecologia Emocional, autora do livro Viva Com Leveza (Gente) e palestrante motivacional. Nesta coluna, mensalmente, trará reflexões sobre os comportamentos, emoções, corpo e alma femininos. Seu Instagram é @ginecologiaemocional
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