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Prosperidade é um estado interno
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O equilíbrio das suas forças interiores é a fonte do seu poder pessoal e da sua prosperidade, por isso, vá em busca do seu autoconhecimento

Muitas pessoas buscam a prosperidade e a abundância financeira. Isso com crenças que, para alcançá-la basta, seguir os passos de pessoas bem sucedidas ou livros que trazem fórmulas mágicas de investimentos e rotinas milagrosas. Fomos ensinados que temos que ter garra e determinação, aliadas a uma excelente qualificação profissional, um bom networking, disciplina e trabalho duro. Mas será que só isso basta para sermos prósperos?

Tenho uma teoria, que é a base de tudo que acredito, a essência dos meus estudos e, consequentemente, dos meus ensinamentos. A maneira mais eficaz de ter uma vida próspera, seja ela financeira, amorosa, social ou física, é a compreensão de que é preciso aprender como viver uma vida de coerência entre o mundo externo e visível (corpo) e o mundo interno e invisível (espírito). Em outras palavras, viver uma vida sem a dualidade: material versus espiritual.

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Acreditamos que o mundo exterior irá nos trazer as referências que precisamos para validar e dar significado a nossa existência. Por isso construímos a partir dele toda nossa identidade. Porém, essa referência fundamental à vida só pode ser encontrada internamente. Isso, é claro, dependemos do encontro interno e externo para que o mundo tenha um papel real em nossas vidas. Dependemos deste encontro para que o mundo externo seja ressignificado com o intuito de que sejamos capazes de usufruir da completude, beleza, paz e prosperidade que tanto buscamos.

Entendendo a prosperidade

Vou explicar para você de maneira mais objetiva esse movimento. Prosperidade não é conquista e acúmulo, prosperidade é fluxo e impermanência sem medo. Prosperidade é quando o fluxo, entre receber e dar, está em perfeito equilíbrio, sem resistência, nem retenção em todos os sentidos. Para que esse fluxo esteja em equilíbrio é preciso que haja coerência entre os nossos dois mundos: material e espiritual. É preciso que sejamos capazes de conciliar esses aparentes opostos. E dessa forma, trazer a dualidade da realidade material tempo-espaço cada vez mais perto de um estado de neutralidade ou integridade interior.

Caso não esteja claro, integridade interior é a coerência e o equilíbrio entre o corpo e a alma, matéria e energia, entre o ter e o ser. Também, entre sucesso e propósito, entre receber e transbordar (servir), entre a nossa energia Ying (passiva) e Yang (ativa).

Por exemplo, o fluxo financeiro só existe por meio deste equilíbrio. Não adianta buscarmos uma vida interior abundante, super espiritual, introspectiva, autocentrada, reclusa, criativa, intuitiva, se não somos capazes de trazer toda essa luz pro mundo externo. Precisamos servir o coletivo, colocar ação para trazer valor, não apenas a nossa vida, mas a vida dos outros, com disposição, trabalho, força, confiança em nosso poder pessoal e sentimento de merecimento pelo nosso lugar no mundo.

Não adianta sairmos por aí conquistando fama em todos os sentidos, usando a nossa racionalidade, inteligência, planejamento, beleza, organização, garra e potência, se desprezamos a nossa inteligência espiritual. Se somos incapazes de ouvir o coração, a intuição, se somos individualistas e egoístas. Se não conseguimos perceber a unidade presente no mundo físico, se desconsideramos os desejos e necessidades alheias. Sempre irá faltar alguma coisa e o desequilíbrio interno será palpável.

Não abrir mão das conquistas materiais

Nosso universo interno é passivo, fluido, feminino, intuitivo, espiritual, amoroso. Nosso mundo externo é ativo, carnal, ambicioso, onde rege a energia masculina do poder, da força, do desejo, da ação, da materialização. Não existe hierarquia de importância e valor para esses dois mundos – nenhum deles é melhor ou pior – cada um tem seu lugar na unidade divina e sua importância neste mundo. O que falta à humanidade, nos dias atuais, é coerência entre os dois.

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Qualquer desses caminhos solitários, ou em desequilíbrio, gera escassez, vazio, depressão, confusão mental e emocional, falta de propósito e realização. Existe um caminho do meio, como diz o Budismo, que não é nem uma coisa nem a outra, mas as duas em equilíbrio, integradas. E é nesse caminho que percebemos uma coerência entre o pensar, o sentir e o agir, entre o espiritual e o material, entre a carne e o espírito, entre o individual e o coletivo, entre o desejo e a generosidade, entre dar e receber. Não podemos negligenciar nem uma coisa, nem a outra.

É uma loucura acreditar que para sermos espirituais temos que abrir mão das conquistas materiais e viver em escassez. É uma loucura acreditar que conquistas materiais trazem felicidade. Ser espiritual é a capacidade do humano de viver uma vida coerente e integrada, reconhecendo quem é de verdade, independentemente das referências externas. Ser espiritual é ser capaz de viver sem conflito, sem o caos interno causado pelo furacão mental e emocional que assola o momento presente, destruindo a potencialidade e a abundância presente no aqui e agora.

A liberdade do ser humano

Viver sem conflito é viver a liberdade de ser um ser humano integro, coerente e equilibrado internamente. O equilíbrio das suas forças interiores é a fonte do seu poder pessoal e da sua prosperidade, por isso vá em busca do seu autoconhecimento. Encontre ferramentas para te ancorar na verdadeira essência do seu ser e não mais em ilusões do mundo material.

Vá viver a abundância que é ser você de verdade: corpo, mente e espírito em equilíbrio. Vai ser feliz!

Mariana Nahas é coach de vida, terapeuta integrativa, facilitadora de meditação e idealizadora do Programa de Desenvolvimento Pessoal Ser Humano. Acredita que o autoconhecimento e a autocompaixão são as chaves para despertar em nós o ser de infinitos recursos internos que somos enquanto seres conscientes. Escreve quinzenalmente no Portal Vida Simples. Seu instagram é @mariananahas_.

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