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Quem tem fome, tem pressa
Foto de Dose Juice Unsplash
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Quem tem fome, tem pressa. Uma das frases mais conhecidas do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, é um dos motes do movimento Pacto contra a Fome, organizado pela economista Geyze Diniz e lançado nesta semana em São Paulo.

A meta do movimento é erradicar a fome do país até 2030 e, para isso, o Pacto contra a Fome reuniu representantes de toda a sociedade, porque só é possível resolver um problema complexo com a participação de todos. Por esta razão, a Vida Simples apoia e faz parte dessa rede solidária e responsável.

Apoio governamental

O Pacto Contra a Fome conta com o apoio do governo – até mesmo porque sem políticas públicas eficientes e perenes, como destacou a ministra do Planejamento, Simone Tebet, não é possível resolver o problema de forma efetiva – também reúne organizações do terceiro setor que já atuam de maneira eficiente para solucionar o problema.

“A proposta é somar, por essa razão esse é um movimento da sociedade civil, multissetorial, suprapartidário, com o objetivo de reduzir a fome de maneira estrutural e permanente, construindo pontes com aqueles que já atuam nesse sentido, somando saberes”, explicou Geyze Diniz na apresentação do movimento.

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Instituições no combate à fome

Entre as instituições que já atuam no combate à fome, a Ação da Cidadania, criada pelo sociólogo Betinho, foi a primeira a mobilizar toda a sociedade para encontrar soluções para o problema. A fome, como lembrou o CEO da organização, Kiko Afonso, é uma decisão política. “O Brasil recuou, saímos do mapa da fome da ONU em 2014, mas, infelizmente, voltou com um número assustador de 33 milhões de pessoas sem ter o que comer”, afirmou. “Só unindo forças que vamos resolver esse problema.”

Em 2006, o chef David Hertz criou a Gastromotiva, uma organização social que usa a gastronomia como uma ferramenta de transformação social. A ONG oferece formações profissionais para que seus alunos se tornem empreendedores, auxiliares e chefs de cozinha, replicadores da sua metodologia. Hertz é uma das referências no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Durante a pandemia de Covid-19, ele foi um dos destaques ao criar as cozinhas solidárias.

A experiência da Cufa (Central Única das Favelas) por meio da atuação de Celso Athayde e Preto Zezé também se soma ao trabalho de Luciana Quintão do Banco de Alimentos e Carola Matarazzo, do Movimento Bem Maior, entre outros.

Prêmio Pacto Contra a Fome

Idealizado em cooperação com a Unesco e a FAO, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para a alimentação e agricultura, o Prêmio Pacto Contra a Fome pretende reconhecer, dar visibilidade e premiar iniciativas de transformação socioambiental que trabalham em prol do combate à fome e/ou do desperdício de alimentos, contribuindo para a redução das desigualdades no Brasil.

As inscrições devem ser realizadas até o dia 10 de julho. O anúncio dos vencedores deverá ser realizado em outubro.

O Prêmio Pacto Contra a Fome contemplará até seis iniciativas. O montante total das premiações pode ser de R$ 600.000,00, com R$ 100.000,00 para cada iniciativa vencedora.

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