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Plogging: atletas unem-se para um mar sem lixo
Brian Yurasits (Unsplash)
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Neste artigo:

Santos Lixo Zero adere ao plogging, modalidade que associa prática esportiva e recolha de lixo.

Desde criança que ouvimos de pais e professores aquelas frases sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente, em especial no que se refere ao lixo. Até à exaustão ouvimos o “Não jogue lixo no chão”. E mais do que esses alertas, há placas em toda parte: “Lixo no Lixo”, “Jogue o lixo na lixeira “, “Proibido jogar lixo”. Contudo, apesar de todos os alertas, o lixo continua no chão. Há um esforço global para mudar comportamentos e formar novos cidadãos comprometidos com a saúde do planeta. E mesmo com educação, eventos e campanhas de sensibilização, o lixo continua a ser um dos mais graves problemas ambientais. Principalmente porque continuamos a produzir cada vez mais embalagens, pelo aumento do consumo de produtos industrializados. E não só. Agora na pandemia, surgiu um novo lixo: as máscaras. Já perceberam essa tendência?

plogging Brian Yurasits | Unsplash

O Instituto Santos Lixo Zero, criado em 2017, vem batendo nessa tecla e tem atuado em duas frentes. Primeiro, com campanhas clássicas como “Não jogue lixo no chão” e, segundo, com o trabalho de separação e reciclagem do lixo. O instituto faz do lixo uma matéria onde dele tudo se aproveita, movimentando a economia e promovendo a sustentabilidade, uma vez que poupa os recursos não-renováveis. Faz a recolha, separa e recicla o lixo. Inclusive o lixo orgânico que é transformado em adubo (compostagem) e volta para o ambiente,  promovendo a circularidade.

Adesão ao plogging

Além desse trabalho de campo, o instituto promove eventos e campanhas, apoia propostas e forma novos guardiões do ambiente, com o envolvimento de toda comunidade. Recentemente — seguindo uma tendência mundial — a cidade aderiu ao plogging, modalidade que surgiu na Suécia e une esporte e recolha de lixo. No dia 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, o Santos Lixo Zero junta atletas para a prática do plogging no mar. Remadores, surfistas e praticantes da canoa havaiana usarão toda a sua força e energia para recolher os detritos que são despejados indevidamente no oceano, poluindo a água e, consequentemente, destruindo a vida marinha.

Nesse evento — o primeiro de uma série de três programados para este ano — participarão cerca de 60 atletas divididos em seis equipes, com largada e chegada nas rampas da Ponta da Praia. No final — a clássica linha de chegada — latões estarão disponíveis para receber o material recolhido pelos atletas.

Mulheres e homens, ao mar!


Eunice Tomé é jornalista, escritora e assessora de comunicação do Instituto Santos Lixo Zero.

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