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Jovens brasileiros se destacam em programa global de talentos
Jovens do Rise Summit
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Ana Beatriz Campos Carneiro nasceu em Caieiras, região metropolitana de São Paulo. A menina, que estudou boa parte da vida com bolsas de estudos, vai realizar um sonho: estudar na Minerva University, nos Estados Unidos. Ana foi a vencedora global do programa Rise 2021 com um projeto para ajudar pessoas de baixa renda a encontrarem oportunidades educacionais no Brasil.

A jovem, que mora com a mãe, conta que sempre teve apoio para estudar. “Consegui fazer aulas de teatro, dança, línguas no centro cultural da minha cidade e queria estudar em um colégio melhor no ensino médio”, conta. Ela conheceu o programa Ismart (Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos ) e, por meio dele, conseguiu uma bolsa de estudos no Colégio Bandeirantes, em São Paulo. “Passei quase todo o ensino médio estudando em casa por conta da pandemia, mas eu tinha toda a estrutura e os meus colegas que estudavam em Caieira, não.” Foi aí que ela resolveu ajudar os amigos a conquistarem oportunidades como a que ela teve.

Arquivo pessoal

Com esse projeto, ela foi vencedora global da primeira edição do programa internacional e, com ele, fez a sua primeira viagem ao exterior —  foi para a África do Sul, no evento mundial que reúne os vencedores de outros países para trocas de experiências e mentorias. “Foi uma vivência que mudou a minha visão de mundo; acompanhei durante o dia o trabalho de ambientalistas e pude me reconectar com a natureza.” Essa experiência somada às aulas de iniciação científica do colégio, levaram Ana a estudar Biotecnologia.

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Ana Beatriz foi selecionada para estudar na Minerva University (EUA) e deve embarcar para a nova vida na Califórnia neste mês de setembro. Ela vai cursar a graduação nas áreas de ciências da natureza e ciência da computação. A universidade tem uma proposta inovadora e dá a oportunidade aos seus estudantes de viverem por seis meses em seis países diferentes ao longo da formação, o que além dos Estados Unidos inclui Coreia do Sul, Taiwan, Argentina e Índia.

Brasileiros em destaque

Mais dois brasileiros também se destacaram no programa: Kesney Lucas Ferro de Oliveira e Arthur Lopes Constant. Os dois, que estão no fim do ensino médio, embarcaram para a Inglaterra por duas semanas com um grupo de cem jovens de vários países, em julho. Eles integram a rede de talentos do programa internacional, que oferece a jovens do mundo apoio e oportunidades ao longo de suas vidas para desenvolverem projetos que sirvam a outras pessoas, pensando em soluções para problemas em suas comunidades, sempre de olho nos desafios globais.

Arthur coleciona medalhas em Olimpíadas Científicas no Brasil. Ano passado, ele foi selecionado para participar de um curso de verão na Universidade de Harvard. O jovem brasileiro usa a estatística para auxiliar na construção de políticas públicas. “Com a estatística para combater as fake news, por exemplo, os dados são ferramentas para auxiliar a resolver problemas de nosso tempo”, diz. Neste mês de setembro, ele segue para a Phillips Academy Andover, onde concluirá o ensino médio. “Essa escola tem um laboratório incrível, onde poderei me desenvolver ainda mais na ciência da computação.”

Kesney também se destacou nas competições de conhecimento com medalhas na Olimpíada de Química e na Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). O jovem desenvolveu o projeto “Futop: Uma oportunidade para o futuro”,  um site programado e desenvolvido por ele, e agrega diversas oportunidades para outros jovens que queiram acessar o meio acadêmico com bolsas de estudo, mas no momento está fora do ar para uma revisão técnica. Em 2021, ele foi convidado a participar do MLAB, programa de mentoria online da Universidade de Harvard e recentemente teve a oportunidade de estar presencialmente nesta instituição para participar de um Summer Camp de duas semanas.

“Atualmente, estou concentrando meus esforços na candidatura a universidades no exterior e nos vestibulares brasileiros, o que significa que o desenvolvimento de projetos está progredindo em passos mais curtos. No entanto, em paralelo a esse processo, estou trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo destinado a pessoas com dislexia, projeto que é uma colaboração com outra Vencedora Global que o propôs durante a Residência Rise”, conta.

Sobre a premiação internacional

Em duas edições até agora (2021 e 2022), o Programa Rise tem sete vencedores no Brasil. As inscrições para o próximo programa serão abertas em setembro, ao mesmo tempo que os vencedores da edição de 2023 serão anunciados. Os jovens interessados, que tenham entre 15 e 17 anos, precisam apresentar um projeto que ofereça ideias para melhorar o mundo e servir às pessoas. Uma iniciativa da Schmidt Futures e da Rhodes Trust, Rise é o programa âncora de um compromisso de US$1 bilhão de Eric e Wendy Schmidt para encontrar e apoiar talentos globais. Saiba mais no site da fundação.

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