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    Janeiro Branco: o que fazer pela saúde mental agora e sempre?
    Foto: freepik
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    Janeiro é um mês cheio de esperança: somos invadidos pela confiança de que o ano trará diversas realizações pessoais e profissionais. Mas para que seja verdadeiramente bom, a discussão sobre a saúde mental precisa ser uma prioridade.

    Nascida em 2014 pelo psicólogo e escritor mineiro Leonardo Abrahão, a campanha Janeiro Branco ganhou coro em todo o Brasil com sua mensagem. Acontecer no primeiro mês do calendário traz consigo o simbolismo do ano que se inicia, tal qual uma folha em branco para uma nova história ser escrita. Momento em que muitas pessoas fazem planos e promessas, com foco em mudanças e recomeços.

    Neste reinício, o convite da campanha é incluir a saúde emocional no roteiro, muitas vezes negligenciada ao longo do ano. Em 2025, o lema ‘O que fazer pela saúde mental agora e sempre?’ oferece reflexão e ação.

    Antes de tudo: o que é saúde mental?

    Apesar de parecer simples, o conceito de saúde mental é complexo e individual, variando ao longo da vida e de acordo com as experiências e hábitos de cada um. Quem explica é Renato Herrman, RH e CEO da Bold Minds, empresa global que nasceu da crença de que o trabalho pode ser um lugar de crescimento e bem-estar.

    “Saúde mental é o nome que a gente dá para esse fenômeno que é a qualidade da nossa psique, da nossa cabeça, do nosso emocional. Ou seja, não é um objetivo a ser atingido, e sim um aspecto do ser humano que precisa de manutenção constante”.

    Tal qual a saúde física, a saúde emocional precisa de cuidados, precauções e monitoramento.

    Como cuidar da saúde mental

    “Considerando que saúde mental não é um estado constante de alegria, e sim a presença de recursos subjetivos para enfrentar os desafios e problemas do cotidiano, localizar quais são os recursos que já possuímos, entender qual é o grau de fortalecimento deles e quais são aqueles que ainda não temos e podemos desenvolver, são ótimas atividades”, aponta Hugo Bento, professor de Psicologia da Uniarnaldo Centro Universitário, de Belo Horizonte.

    Para o professor, a capacidade de expressar nossos sentimentos, por exemplo, é um recurso subjetivo importante para enfrentar os desafios do cotidiano. Afinal, saber falar com alguém o quanto uma atitude ou comportamento impacta, é importante para que a relação não cause sofrimentos.

    “Esta capacidade, de expressar sentimentos por meio das palavras, se não estiver fortalecida, pode ser desenvolvida, trabalhada, e uma boa hora de colocar este serviço nos planos é agora”, complementa Hugo.

    Para Renata Yamasaki, psicóloga da linha sistêmica, outro recurso valioso para a saúde mental é aplicar pequenas mudanças na rotina. Incluir momentos de autocuidado é uma boa pedida, como pausas para meditar, praticar um hobby ou simplesmente respirar com mais calma.

    “Planejar com intenção também é essencial: definir metas realistas que tragam sentido e propósito, sem pressionar ou gerar ansiedade. Além disso, fortalecer conexões emocionais com pessoas que amamos e investir em atividades que nos trazem alegria são formas práticas de manter a saúde emocional como meta viva durante todo o ano”, comenta a psicóloga.

    Saúde mental é problema político

    Hugo Bento também ressalta que nossos recursos subjetivos para enfrentar os desafios do dia a dia não surgem de forma espontânea. Eles são, na verdade, construídos e desenvolvidos com base em contextos sociais, políticos e relacionais.

    “Só avançaremos na pauta da saúde emocional quando adotarmos uma perspectiva crítica sobre ela, ou seja, quando entendermos que a educação, o lazer, os direitos trabalhistas e até mesmo a segurança alimentar e nutricional estão implicados na saúde mental de uma população.”

    O especialista defende que saúde mental é construída de forma contextual, e não apenas individual. “Vamos considerar, por exemplo, a saúde mental das empregadas domésticas que moram nos bairros de periferia e trabalham nas casas localizadas nos centros urbanos. O tempo gasto no transporte público e as condições deste transporte, inevitavelmente, interferem no quanto de regulação emocional, sentimento de autovalorização e disposição psicológica essas pessoas apresentarão”, exemplifica.

    Dessa maneira, Hugo elucida que “investir em saúde mental é, primeiro, investir em condições de vida e de trabalho dignas para todas as pessoas. A desigualdade social, a ausência de garantia de direitos básicos como alimentação e habitação, certamente, configura grande risco.”

    Saúde mental no Brasil

    Segundo o relatório global World Mental Health Day 2024, divulgado em outubro do ano passado, 54% dos brasileiros acreditam que o maior problema de saúde enfrentado hoje pela população do país é em relação à saúde mental.

    Antes da pandemia, a preocupação com o emocional não era tanta – em 2018, menos de 20% dos entrevistados citavam a saúde emocional como o principal problema. Com o isolamento, a reflexão sobre o tema aumentou, e atualmente mais brasileiros compreendem a importância de se cuidar e trazer o mental para a discussão.

    Inclusive, o acesso a serviços de terapia aumentaram no pós Covid-19. De acordo com levantamento do aplicativo GetNinjas, a busca por tratamento psicológico aumentou nos últimos anos, desde 2021, especialmente de forma remota.

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    Falar sobre saúde mental ‘hoje e sempre’

    Para criar uma sociedade mais saudável emocionalmente, muitas mudanças individuais e sociais precisam ser feitas. Para Renata, um bom ponto de partida é começar a criar, em nossas comunidades, espaços onde as pessoas se sintam acolhidas e compreendidas.

    “Dentro da família, é importante abrir diálogos sinceros para fortalecer os laços e criar uma rede de apoio emocional. No ambiente profissional, práticas que promovam o bem-estar, como pausas regulares, suporte psicológico e um ambiente de trabalho mais humano, podem transformar a dinâmica entre os colegas”, sugere a especialista.

    Em um contexto mais amplo, Renata explica que campanhas como o Janeiro Branco são fundamentais para quebrar tabus e incentivar conversas sobre saúde mental de forma acessível e descomplicada em nossa sociedade.

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