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Razões para Acreditar: por que fazer o bem faz bem
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Quando estendemos a mão para o próximo, reconhecemos nele as semelhanças que nos conectam. Para comemorar o Dia de Doar, o Portal Razões para Acreditar promove, nesta terça-feira, uma programação dedicada à solidariedade

Nós já falamos por aqui sobre a necessidade de, de tempos em tempos, definir o que nos é essencial e desapegar do que já não faz mais sentido pra gente. Esse é um processo de fora para dentro que está longe de ser fácil: muitas vezes, o acúmulo externo é a pequena parte visível de um desconforto muito maior que nos acompanha. Isso vale para coisas físicas, como objetos, roupas, comida, e para as não tão palpáveis assim, como emoções e relações.  

Uma segunda etapa é decidir o que fazer com nossos desapegos. Dá-los a quem precisa costuma ser uma alternativa, mas será que o único jeito de suprir as necessidades de alguém é dando aquilo que já não nos serve mais? A psicóloga Jéssica Silva me explicou que é comum que a gente faça uma limpa no guarda-roupa, coloque as peças indesejáveis em uma sacola e entregue na porta de uma instituição de caridade. “Às vezes, não nos damos ao trabalho de lavá-las, separá-las por tamanho ou por qualquer outra característica. No fundo, o que estamos fazendo é mais um exercício de tirar um peso das próprias costas do que o bem para outra pessoa”, diz. É como se a doação fosse só uma consequência de um processo individual e egoísta, e não o objetivo principal das nossas atitudes.

Doar nos coloca no caminho da felicidade

Tente fazer um exercício: separe um objeto de que goste muito e pense em alguém que amaria tê-lo também. Depois, cogite a possibilidade de doá-lo para essa pessoa. “A ideia é que a gente entenda que doação é mais sobre compartilhar e somar do que sobre encontrar um lugar para depositar o que já não é mais útil pra mim”, afirma Jéssica. Mas, é claro que você não precisa sair se desfazendo de tudo o que te agrada. “Quando somos generosos com o outro, percebemos que ele tem desejos e necessidades como nós. Nos colocamos em nível de igualdade”.

Esse sentimento de reconhecimento faz com que a gente se sinta parte de algo muito maior. Se eu e o outro somos, de certa forma, iguais, ninguém está sozinho. “Saímos do nosso universo particular, da realidade da nossa bolha, para enxergar a humanidade que habita nas mais diversas circunstâncias. O resultado é o nascimento de novos vínculos e relações”, explica a psicóloga. 

Existe um dia inteiro dedicado a fazer o bem

Em 2012, uma organização norte-americana chamada 92Y criou a #GivingTuesday, algo como a terça-feira da doação, com o intuito de arrecadar fundos para ações sociais. A iniciativa foi celebrada logo após o Dia de Ação de Graças, data em que os americanos costumam agradecer pelos bons acontecimentos do ano. Reservar um dia para fazer o bem ao próximo foi uma forma de retribuir o que haviam recebido. Mais de 2500 empresas e organizações sem fins lucrativos participaram do projeto com o intuito de ajudar, que contou com a ajuda do Fundo das Nações Unidas para ser implementado. 

Aqui no Brasil, o movimento chegou no ano seguinte, em 2013, como o Dia de Doar. Hoje, são 55 países participando oficialmente das atividades. 

A gente também pode usar a internet para boas causas

Razões para Acreditar

Seja mero acaso ou uma das sincronicidades da vida, o Razões para Acreditar, portal que tem como missão espalhar boas notícias mundo digital afora, também nasceu em 2012, assim como a #GivingTuesday. Nesta terça-feira, 03 de dezembro, o Razões para Acreditar celebrará a data de forma inédita: 12 horas de programação ao vivo totalmente dedicadas à solidariedade e à gentileza.

Das 10h às 22h, cada hora será dedicada a uma causa. Pessoas que estão à frente de mobilizações sociais, campanhas comunitárias e ações de voluntariado conduzirão conversas sobre seus trabalhos transformadores em prol de uma sociedade mais acolhedora, empática e justa. 

Para conferir a programação completa, acesse aqui

*A Vida Simples é parceira do Razões para Doar.

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