Mel de origem
Muito além dos potes de mercado, abelhas nativas produzem tipos de mel mais complexos, que expressam o lugar onde vivem, a terra, o clima e, claro, as flores da região. Por aqui, são mais de 300 espécies fabricando esse alimento cada vez mais valorizado nos pratos.
1/1/1970
9 min de leitura
“Venham ver como dão mel as abelhas do céu”, bradou Vinícius de Moraes, o nosso poetinha, sobre o extraordinário alimento produzido por essas pequenas operárias voadoras. Queira me perdoar, Vinicius, mas, para falar dele, o plural é fundamental. “Mel”, assim, no singular, diz pouco sobre o trabalho alquímico que esses insetos têm de alterar a química do açúcar retirado das flores. No plural, “méis” ou “meles” (as duas formas são aceitas na nossa ortografia) parecem ser palavras mais apropriadas, porque muito além do mel que encontramos nas prateleiras do mercado (feito exclusivamente pela espécie Apis mellifera, aquela listrada de amarelo e preto tão comum e com ferroada dolorida), há uma diversidade enorme de méis que outras espécies sem ferrão fabricam de forma mais, digamos, silvestre, vagando de flor em flor.
Os comentários são exclusivos para assinantes da Vida Simples.
Já é assinante? Faça login