Corpo forte, mente calma: conheça os principais benefícios do Pilates
Embora possa parecer uma prática simples, o Pilates exige foco, esforço e uma combinação importante entre movimentos e respiração.
Os movimentos rápidos e o ambiente cheio da musculação nem sempre é o preferido para boa parte das pessoas. Por outro lado, há outras práticas e opções para todos os gostos, como o Pilates, um método de exercício físico e alongamento, que utiliza o peso do próprio corpo para a execução dos movimentos. Não só isso, também traz importantes benefícios para a saúde mental de quem o pratica.
Para a fisioterapeuta e instrutora de Pilates Thais Vasconcelos, o ambiente onde se realiza a atividade é sempre tranquilo e com um olhar cuidadoso para o praticante. Diferente das academias convencionais, que se caracterizam pelas músicas rápidas e energizantes, o Pilates traz uma maior calmaria.
O esforço e a dedicação são tão importantes quanto na musculação. “No entanto, na medida em que praticamos repetidas vezes, o corpo entende o movimento e mantém uma relação boa entre tensão e descontração dos segmentos corporais”, explica a instrutora da Cura Pilates.
O principal objetivo de trabalhar diferentes movimentos é que, segundo Thais, diferentes estudos comprovam a importância deles para a redução de dores. “O Pilates melhora a mobilidade de segmentos que possam estar hipomóveis [mobilidade reduzida], diminuindo a sobrecarga nos que estão com excesso de mobilidade, o que torna o corpo mais funcional e harmônico.”
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No Pilates, a respiração é essencial para que os movimentos estejam corretos. Foto: Thais Vasconcelos/ Cura Pilates
Fortalecimento da musculatura
Caíque Ferreira, instrutor de Pilates e de aulas coletivas na Bio Ritmo, destaca que a prática pode trazer contribuições relevantes para o fortalecimento da musculatura e do condicionamento físico. “Isso acontece com exercícios que exijam levantar, torcer, alongar o tronco, quadril ou pernas por meio da força do core“, explica. Segundo o professor, o “core” é a musculatura superficial e profunda da região abdominal, pélvica e lombar.
Já outros movimentos podem contribuir para o fortalecimento da coluna, como a extensão de tronco, que também melhora a postura. “É por meio do aumento da amplitude gradual que se torna possível ganhar flexibilidade em todas as musculaturas e articulações envolvidas”, diz.
O grande diferencial do Pilates para outras atividades físicas, para Caíque Ferreira, é justamente o importante trabalho no fortalecimento da musculatura. “Isso costuma ocorrer durante todo o tempo de aula”, diz. Além disso, é um ótimo complemento com outras modalidades de uma academia. “O Pilates tonifica tanto o corpo quanto a mente, além de oferecer suporte para outras atividades realizadas, como musculação, dança a até mesmo esportes de alto rendimento” destaca Caíque.
O Pilates utiliza o próprio corpo para a execução de movimentos. Foto: Rotratto Studio
Pilates não é só para pessoas idosas
Por fim, engana-se quem pensa que a atividade é simples ou de pouco esforço. É até comum que exista uma certa associação com pessoas idosas, embora essa visão seja um mito. “O Pilates é uma atividade física incrível e para todas as idades”, crava Thais Vasconcelos.
Para a instrutora, a respiração é essencial para a execução correta dos movimentos, o que exige muita concentração e foco. “Tão importante é o diafragma, já que ele é considerado o maestro das vísceras”, diz. Por ele passam os músculos quadrado lombar e iliopsoas, que também se relacionam com a coluna. “Por isso é importante respirar de forma adequada e específica em cada exercício.” A fisioterapeuta recomenda ainda que, para evitar lesões, é importante sempre manter o alongamento durante as atividades.
“Um exercício de Pilates realizado com seriedade e de forma individualizada melhora os desequilíbrios musculares, a postura, respiração e alivia dores“, orienta Thais. Além disso, a instrutora pontua que há benefícios para a saúde mental, o que contribui para o bom humor e foco no presente. “Podemos entender que, na prática do Pilates, é necessário estar no ‘aqui e agora'”, afirma.
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