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    A importância do médico de família para a saúde pessoal e coletiva
    Médicos de família acompanham a vida de pacientes da mesma comunidade (Foto: CDC/Unsplash)
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    Dermatologistas, cardiologistas, ortopedistas, neurologistas… Há uma infinidade de especializações médicas em uma formação universitária. Uma das mais recentes, e ainda pouco conhecidas, é a Medicina de Família e Comunidade (MFC), que propõe uma aproximação maior com a saúde coletiva. O médico de família é aquele que acompanha o paciente na atenção primária, ou seja, é responsável pelo primeiro contato da população com o sistema de saúde.

    A especialidade está incluída na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), fruto de experiências acumuladas desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem a Estratégia Saúde da Família (ESF) como eixo central. A ESF foi introduzida nos anos 1990 para expandir o acesso aos serviços de saúde em regiões vulneráveis, urbanas e rurais.

    O que é medicina de família?

    A medicina de família preza pelo atendimento integral ao indivíduo em todas as fases da vida, enfatizando o vínculo duradouro entre o paciente e o médico.

    Essa relação permite ao profissional acompanhar o histórico de saúde da pessoa, o que resulta em um diagnóstico mais preciso e na prevenção de doenças.

    Nessa especialidade, um dos pilares é a longitudinalidade do cuidado, ou seja, o acompanhamento contínuo da saúde do paciente, tanto em consultas programadas quanto em atendimentos a demandas espontâneas.

    Diferente das especializações focais, como urologia ou ginecologia, a medicina de família se estende a uma equipe multidisciplinar.

    A PNAB prevê uma abordagem que envolve médicos generalistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde (ACS) e, em muitos casos, dentistas. Uma equipe com esses especialistas pode ser responsável pelo atendimento de até 4 mil pessoas.

    A Atenção Básica atua como base do sistema de saúde, sendo o ponto de contato inicial. Ela deve ser resolutiva, identificando e tratando a maioria das condições de saúde no próprio nível primário.

    É responsável, por exemplo, por 80% dos atendimentos no sistema de saúde. Os demais 20% são distribuídos na atenção secundária (cuidados especializados e diagnósticos mais complexos) e terciária (intervenções médicas, tratamentos e cirurgias).

    O que faz o médico de família e comunidade?

    O médico de família atua mais próximo da comunidade e possui um treinamento para acompanhar seus pacientes de forma integral, da infância à fase adulta.

    “Ele visa acompanhar mulheres, gestantes, homens, crianças, idosos. É uma abordagem mais ampliada do cuidado e centrada, logicamente, na pessoa”, explica Luciana Passos, coordenadora das Redes de Atenção Primária e Psicossocial de Fortaleza.

    A medicina de família vai além do tratamento de doenças e considera todo o contexto em que a pessoa vive.

    O foco não é só a doença, mas também as condições de vida, os fatores sociais e as relações que podem influenciar a saúde.

    “O médico de família também trabalha com a prevenção, evitando que os agravos das doenças, ocorram”, diz a especialista.

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    Como funciona ocompanhamento com o médico de família?

    O atendimento de uma médica da família no SUS, o Sistema Único de Saúde brasileiro, referência global em saúde coletiva (Foto: Jerônimo Gonzalez/Ministério da Saúde)

    Buscar o sistema de saúde ou profissionais que atuam no setor nem sempre deve acontecer quando os sintomas surgem.

    Nessa especialidade, o acompanhamento médico é contínuo, mas varia de acordo com a faixa etária e o estado de saúde de cada paciente. Segundo explica Luciana Passos, uma gestante, por exemplo, recebe acompanhamento mensal de uma equipe multidisciplinar da medicina da família.

    Já um adulto com idades entre 20 e  59 anos terá um período bem mais espaçado, que pode ser anual ou a cada dois anos, em média. Mas isso depende também de cada paciente, especialmente se a pessoa necessitar de uma proximidade maior com a equipe.

    Os idosos precisam estar mais próximos do médico de família, já que o cuidado se estabelece não apenas quando há uma doença, mas de forma preventiva e contínua.

    Mais ganhos para a saúde e menos gastos financeiros

    Na estrutura da equipe multidisciplinar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), o próprio médico também perde a centralidade no atendimento. Enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde (ASC) possuem uma atuação fundamental no sucesso da estratégias.

    Os ASCs, por exemplo, estão na ponta do atendimento e são os que mais tem proximidade com a comunidade e conhecem melhor a realidade social e econômica dos pacientes.

    A medicina de família acaba por atuar no rastreamento de doenças, na detecção precoce e no tratamento das condições desde o início, o que garante um tratamento mais eficaz e, muitas vezes, evitando que o quadro de saúde piore. Com isso, há uma redução também do gargalo na atenção secundária e terciária.

    “Ao focar na prevenção, detecção precoce e tratamento inicial, reduz-se a necessidade de utilizar serviços de saúde mais caros e hospitalares, que são geralmente voltados para doenças em estágios avançados. Isso se aplica tanto no serviço público quanto no setor privado”, afirma Luciana Passos.

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