O que nasce na velhice?
Um olhar amoroso e gentil sobre o envelhecimento como um tempo possível de invenção, intimidade e de muita intensidade
Um olhar amoroso e gentil sobre o envelhecimento como um tempo possível de invenção, intimidade e de muita intensidade
As crianças se aproximaram dos meus pais. Dois meninos na faixa de 10 anos. Aquele de óculos era uma euforia nas luminosidades do olhar e na textura das palavras. O menino fincou os olhos nos meus pais como quem lança dardos, e eram dardos alegres. De repente, disse: “Vocês fazem brinquedos! Vocês são gênios!”. Meus pais ouviram as palavras com a surpresa de quem recebe um Prêmio Nobel no meio da rua. Tudo isso aconteceu na calçada, de um domingo qualquer, de uma avenida. Porque a Avenida Paulista, em São Paulo, nos domingos se fecha para os carros e abre toda a sua extensão aos pedestres, bicicletas, cantorias, mágicas e muito mais.
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