Conheça o restaurante japonês que ganhou o coração dos brasileiros
Mori Ohta Sushi, um negócio que nasceu da união de três amigos de infância, surpreende público pelo acolhimento e pela inovação na gastronomia
Apreciar pratos da comida japonesa já faz parte da rotina do brasileiro, especialmente para os paulistanos. A prova disso é a quantidade de estabelecimentos voltados para essa especialidade na cidade. São Paulo conta com mais de 600 espaços voltados à gastronomia japonesa. No meio de todos eles, alguns se destacam. É o caso do Mori Ohta Sushi, que conquistou os corações da equipe de Vida Simples no final de 2021.
Eu mesma — a jornalista que escreve estas palavras —, acabei criando um laço muito especial com o restaurante, porque foi nele que conheci a minha equipe pela primeira vez. Entrei para Vida Simples ainda durante o período de distanciamento social na pandemia e fiz todo o processo de seleção online e só tinha interagido com as pessoas por meio de telas. Saí de casa para aquele almoço, em direção à unidade nos Jardins, com um grande misto de sentimentos. A ansiedade e o nervosismo foram se dissolvendo à medida em que a equipe do restaurante gentilmente me direcionava à mesa onde estavam meus colegas. Enquanto seguia pelos corredores, pude reparar a bela decoração formada por elementos da cultura japonesa. Ao chegar, o sentimento de alegria foi parecido com o de rever velhos amigos. A comida, servida em porções generosas e com ingredientes frescos e saborosos, ajudou a deixar aquele momento marcado para sempre na minha memória afetiva.
Para levar a história dessa empresa tão especial até os leitores de Vida Simples, conversei com Fernando Ohta, um dos sócios do Mori Ohta Sushi. Nosso bate-papo aconteceu no dia 25 de janeiro, bem no dia do aniversário de São Paulo. De cara, falamos sobre como o espaço acolhe bem as confraternizações.
“Aqui, já tivemos pessoas que se conheceram no restaurante e se casaram por causa do Mori”, diz Fernando. Além do espaço acolhedor, percebi que o restaurante tem uma atmosfera que lembra muito a simplicidade que admiramos e perguntei se ele enxergava semelhanças entre o Mori Ohta e a Vida Simples. “A simplicidade para nós, é isso. É fazer com que o atendimento transmita essa sensação de estar em casa”, me contou.
“Tenho muito orgulho de completar 18 anos, especialmente nesse ramo que é tão complicado e exigente”, comemora Fernando. Em fevereiro, o Mori Ohta Sushi completa mais um ano de vida e quem ganha o presente é o leitor de Vida Simples!
Depois de conhecer a história do Mori Ohta Sushi, confira ao final do texto uma surpresa para você!
Três amigos e um sonho
A rede Mori Ohta Sushi possui três sócios que se conhecem desde criança: Fernando Ohta e os irmãos Ronei Lamana e Fabio Lamana. Seus pais tinham como hábito jogar sinuca em um clube de São Paulo. A amizade de anos da dupla cresceu e se estendeu também para os filhos. Ao se conhecerem, os três logo viraram amigos e começaram a sair e até a fazer viagens juntos. Era início da década de 1990. Infelizmente, quase dez anos depois, Aurélio Lamana, pai de Ronei e Fabio, deixaria a família precocemente. “Lembro que o Sr. Aurélio falava para o meu pai que se acontecesse alguma coisa com ele um dia, que era para cuidar da família dele”, conta Fernando. Seu pai, Mário Ohta, honrou a promessa e se tornou uma espécie de porto seguro para os amigos do filho.
Depois disso, a amizade, que já era grande, tornou-se ainda maior. Ainda na época das partidas de sinuca, os pais tinham como sonho abrir um negócio juntos. Apesar de os caminhos da vida não possibilitarem essa realização, o desejo de firmar a parceria acabou passando para seus filhos.
Um lugar especial mudou o destino do trio
No começo dos anos 2000, o grupo de amigos frequentava um restaurante japonês que se chamava Mori, na região de Perdizes, em São Paulo. “Meu irmão me apresentou o lugar e quando nos convidou falou: ‘olha, preciso levar vocês em um restaurante muito bom, mas que não é nada bonito, nem elegante, é uma casinha bem simples’”. Com curiosidade, o grupo foi convencido a conhecer o local e de lá não saíram mais. Apesar da aparência sem requinte, a comida era servida com muito capricho, o que cativou os amigos.
Depois de um tempo, levaram o Sr. Mori, dono do negócio, para realizar eventos na casa da família Ohta. Nas festas de aniversário, o Sr. Mori brincava com o pai do Fernando, perguntando se ele não queria abrir um restaurante junto com ele. Só que essa área não tinha nada a ver com o Sr. Mário, que trabalha com automação industrial. Fernando, por outro lado, ouviu aquilo e sentiu que podia ser uma boa oportunidade para ele. Na época, com 20 anos, queria ser professor e ator. Durante o dia cursava Educação Física e, à noite, fazia curso de teatro. Lá no fundo, no entanto, ele tinha o sentimento de que um dia acabaria trabalhando com alimentação. Só não imaginou que isso aconteceria tão cedo.
Em 2003, o Sr. Mori encontrou um ponto no bairro dos Jardins, próximo à Consolação. O local já tinha sido endereço de outros dois restaurantes japoneses que não tinham ido para a frente. Fernando topou o desafio, e convidou os amigos Fabio e Ronei, que desde a infância sonhavam em fazer algo juntos. Para dar conta de gerenciar o negócio, em vez de educação física e teatro, Fernando optou por migrar seus estudos para a faculdade de Administração. À frente do dia a dia do restaurante, o empreendimento prosperou e ele encontrou por lá a sua verdadeira vocação.
Fernando Ohta em frente à unidade dos Jardins (Crédito: Arquivo Pessoal).
Quase duas décadas de vivências e aprendizados
No dia 10 de fevereiro, o Mori Ohta completa 18 anos de história. “Aprendi muito com o Sr. Mori e com o restaurante. Comecei aqui com 20 anos e aprendi tudo do zero”. Justamente pela pouca idade, Fernando precisou batalhar mais para conseguir o respeito da equipe e dos fornecedores. “Meu pai me ajudou muito no começo”, diz agradecido.
Nos primeiros dois anos de empresa, enfrentaram muitas dificuldades. Mas a persistência deu bons frutos. O sucesso veio com o tempo e a casa passou a ficar cheia, especialmente aos finais de semana. “Lembro até hoje o dia em que a gente conseguiu reunir mais de 100 clientes. A equipe brindou, fez uma festa depois do expediente”, rememora.
Dez anos após o primeiro restaurante, em 2014, os três sócios inauguraram mais duas unidades. Uma no Itaim Bibi, em São Paulo, e outra no Rio de Janeiro, dentro do Barra Shopping. Hoje, além das três lojas físicas, a marca Mori Ohta Sushi também possui três pontos de delivery: um no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo, outro próximo à sede, nos Jardins, e mais um no Rio de Janeiro.
Os irmãos Fabio e Ronei Lamana são sócios do negócio, mas seguem focados em outra área profissional, ainda dentro do setor alimentício. “Eles trabalham com queijo, criaram uma marca de laticínios e temos produtos deles no restaurante também”, explica o administrador.
Conheça três características especiais do Mori Ohta Sushi que garantem uma experiência inesquecível para o cliente:
1. A mistura das culturas japonesa e brasileira à mesa
O nome representa bem a essência do restaurante. Mori é um conjunto de kanjis que significa floresta e abundância. Já Ohta simboliza a plantação de arroz através de um hankô, espécie de carimbo japonês que ilustra a identidade da marca. Com isso, o Mori Ohta Sushi oferece na sua experiência gastronômica as técnicas tradicionais com um misto de inventividade, tendo como guias a qualidade e o cuidado no manejo dos alimentos.
Foi a ascendência japonesa que tornou o gosto pela culinária tradicional do Japão uma grande paixão para Fernando. Ele segue tentando unir suas raízes mais tradicionais à modernidade e, para isso, faz uso da criatividade para lançar novas opções no cardápio. As últimas novidades são as opções de finger foods com ingredientes especiais e até um tempurá de milho, com sabor que remete à culinária brasileira.
“A nossa cozinha é totalmente adaptada para o Brasil”, afirma Fernando. O famoso rodízio, aquele formato em que o cliente paga um valor fechado e pode comer à vontade, não existe no Japão. Mas, como é um clássico para o brasileiro, o restaurante trouxe essa opção de serviço e também fez outras adaptações para se adequar ao paladar local. Um exemplo disso são as opções de sushi com cream cheese e os pratos quentes, que aqui no Brasil fazem muito sucesso, mas não são tão populares assim no Japão, segundo Fernando.
O balcão dá a chance de acompanhar o preparo do alimento na hora. (Crédito: Divulgação/Mori Ohta Sushi).
2. Ver a comida ser preparada de pertinho
Apesar de os festivais serem o carro-chefe do Mori Ohta, um dos grandes diferenciais do estabelecimento nos Jardins é o oferecimento do atendimento no balcão, onde o cliente pode pedir diretamente ao sushiman.
Essa proximidade nasceu da vontade de levar uma experiência mais personalizada ao cliente. Além da demonstração de habilidades profissionais e da chance de pedir opções diferentes das servidas à mesa, a entrega é feita diretamente à pessoa que solicitou o pedido. Neste modelo de serviço, é possível estreitar os laços entre quem faz a comida e quem aproveita o sabor do prato.
3. Encontrar mais sustentabilidade e inclusão no cardápio
Fernando tem notado mudanças no comportamento dos clientes. Hoje, ele percebe que as pessoas não costumam comer tanto como antigamente. “As pessoas agora preferem pagar um pouco mais e comer bem, do que pagar menos e comer um monte”, revela. Os clientes também estão mais conscientes a respeito do desperdício de alimentos.
A marca também tem investido na renovação do cardápio para agradar o paladar de cada vez mais pessoas. Com novas opções para o público vegano e vegetariano, Fernando explica que é preciso se reinventar constantemente e manter a mente aberta quanto a mudanças na sociedade.
O delivery salvou o negócio na pandemia
“Foi muito difícil sobreviver à pandemia”, revela Fernando. Apesar de passar meses com os restaurantes fechados, a atividade de delivery e o apoio dos clientes contribuíram para que o Mori Ohta Sushi conseguisse manter o quadro de funcionários durante o pior período da pandemia. “O delivery salvou a nossa vida. Se a gente não tivesse o serviço de entregas, teríamos fechado as portas com certeza”, explica.
Um ano antes da pandemia, a empresa inaugurou o serviço de delivery. Em 2018, foi como se o universo tivesse mandado um sinal para que a empresa se adaptasse. “Lá no início eu falava que jamais faríamos delivery, jamais. Era uma coisa que eu achava que nunca ia vingar, achava que as pessoas só faziam delivery de pizza e de hambúrguer”, revela Fernando.
O planejamento para a criação do serviço de entregas levou quase um ano. “A ideia sempre foi fazer o melhor possível”, conta o empresário. Para deixar a logística adequada, foi feita uma reforma na sede da Consolação e, além disso, a escolha minuciosa de fornecedores e de materiais para desenvolver as embalagens. Essa preparação atenta aos detalhes garantiu que a empresa pudesse, inclusive, abrir novos pontos de delivery durante a pandemia.
“Hoje você tem delivery de tudo. O delivery é uma facilidade da vida moderna que veio para ficar, sem prazo para sair de moda, especialmente após a pandemia”, garante Fernando.
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Para ter acesso, basta baixar o aplicativo do restaurante na sua loja de apps (iOS ou Android) e, ao final da compra digitar o código VIDASIMPLES10.
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