Vida a dois
Para manter um grande amor ou vivenciar uma relação de maneira mais profunda, é preciso compreender, sem tabus, como as trocas afetivas funcionam
1/1/1970
12 min de leitura
Um relacionamento é como estacionar um carro sedã numa vaga bastante apertada. É preciso manobrar com precisão o automóvel, entender onde se está a cada momento, olhar para a frente e pelo retrovisor quase ao mesmo tempo, considerar os pontos cegos. Só que, às vezes, você é o motorista e, às vezes, o flanelinha, cuja função é dar alguns toques ao condutor, com a vantagem de quem vê (o outro) de fora. Do lado de dentro do carro (ou de si), o motorista nunca sabe ao certo quando avança muito ou recua de mais. Tem de contar, então, com a orientação externa para evitar colisões. Viver a dois é se dedicar a essa alternância numa baliza que nunca termina completamente. Ora parece que coube direitinho, ora é preciso recomeçar.
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