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Quatro dicas de livros para quem está se sentindo perdido
(Foto: Lacie Slezak/Unsplash)
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Neste artigo:

Quem nunca se sentiu perdido? Em algum momento de nossas vidas humanas, todos nos vemos à deriva, questionando o sentido da nossa existência e o que, de fato, é essencial para a felicidade.

Nessas horas, é complicado colocar em perspectiva o que podemos mudar – ou aceitar – em nossa realidade. O cotidiano acaba por parecer uma rotina sem propósito, e encontrar respostas parece um desafio quase intransponível.

A boa notícia é que, nesses momentos de incerteza, a literatura pode ser uma fiel companheira. Afinal, os livros oferecem não apenas conselhos, mas novas perspectivas sobre o que realmente importa.

Se você está buscando um guia nas palavras, aqui estão quatro livros que podem ajudar a reconectar-se consigo mesmo e a encontrar sentido, mesmo quando parece que a vida perdeu seu rumo.

Se os gatos desaparecessem do mundo

Genki Kawamura

EDITORA BERTRAND BRASIL

Nessa história, um jovem carteiro é diagnosticado com uma doença terminal e se vê perdido e desesperado ao descobrir que tem pouco tempo de vida. Tentando lutar contra o destino, o protagonista enfim faz um pacto com o demônio para ter mais alguns dias de vida em troca de fazer desaparecer certas coisas do mundo, como os celulares, os relógios e os filmes.

Apesar de o demônio ser um dos personagens, Kawamura escreve a história de forma leve e até mesmo engraçada, em uma comédia de sutilezas que nos faz refletir sobre a vida.

Uma vez que está prestes a morrer, o carteiro começa a refletir sobre tudo que o cerca e como os detalhes do dia a dia são indispensáveis para a nossa existência. Como assistir o seu filme favorito ou ter um gato de estimação.

Para quem busca reencontrar um sentido na vida, naqueles momentos que caímos no cotidiano e poucas coisas nos dão verdadeiramente alegria, a obra japonesa mostra como os milagres do viver se encontram, por fim, nas coisas mais simples e nas pessoas que amamos.

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Cartas a um jovem poeta

Rainer Maria Rilke

BIBLIOTECA AZUL BIBLIOTECA AZUL

Com o nome sugere, a obra coleciona diversas cartas que o romancista austríaco Rainer Maria Rilke dedicou ao jovem poeta Franz Xaver Kappus. Os textos não têm apenas dicas de escrita, mas ensinamentos e reflexões valiosas sobre o amor, o autoconhecimento, a solidão e a vida.

O remetente dedicou anos a trocar cartas com Franz, que se encontrava perdido em um momento de desilusão com sua realidade. Escritas entre 1903 e 1908, as frases de Rilke ecoam até hoje, uma vez que suas reflexões sobre a vida seguem atuais e valem para qualquer geração.

A obra é uma ótima escolha para quem busca conselhos e visões valiosas sobre a existência humana.

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Sobre a brevidade da vida

Sêneca

PENGUIN COMPANHIA

Lúcio Aneu Sêneca era um filósofo romano que viveu na mesma época de Jesus, e segue sendo reconhecido como uma grande inspiração. Dessa forma, suas obras permanecem como textos clássicos que refletem sobre a nossa passagem pela terra e suas complexidades.

Um de seus textos mais provocativos é a obra Sobre a brevidade da vida, em que ele discorre sobre sobre o tempo e a maneira como o usamos. Para Sêneca, a vida não é curta, mas mal aproveitada. Assim, evidencia a importância de priorizar atividades que tragam sentido para as nossas próprias vidas.

Para quem está perdido e buscando um clássico que coloque em perspectiva a vida e os seus caminhos, este livro de Sêneca é a escolha ideal.

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Lá não existe lá

Tommy Orange

EDITORA ROCCO

O romance de Tommy Orange traz à tona narrativas de pessoas nativas da América. Em suas páginas, reflete sobre identidade, família, poder e outros temas intrínsecos  à existência humana.

Trazendo um novo olhar sem estereótipos para pessoas indígenas que vivem nas cidades, as histórias contadas no livro têm um olhar multigeracional sobre violência e recuperação, memória e história de um povo, que busca na ancestralidade e na identidade sua verdadeira essência.

Eleito um dos melhores livros de 2018 pelo New York Times, a obra pode servir tanto como uma leitura enriquecedora, quanto como um pontapé que vai te levar a refletir sobre os caminhos da vida e o que te faz se sentir perdido.

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