A felicidade é algo que todos buscamos. E, ainda assim, ela pode parecer completamente distante. Ao idealizar o sentimento, fica cada vez mais difícil de sentir que vamos atingir a felicidade absoluta – porque, pela ciência, ela não existe. Mas, isso não significa que não é possível ser feliz. Gratidão, vínculos sociais e gentileza são algumas das ações que podem melhorar as nossas vidas e nos encher de emoções positivas no dia a dia.
Felicidade é momentânea
Ter uma vida feliz pode significar diferentes coisas para pessoas diferentes. É o que explica Luis Gallardo, presidente da Fundação Mundial da Felicidade. “Mas, em geral, envolve um sentimento de contentamento, realização e satisfação nas várias áreas da vida, como saúde, relacionamentos, carreira e hobbies”, observa o especialista.
Para Luis, a felicidade também está frequentemente ligada à sensação de propósito e significado. Porém, é preciso entender que, por ser uma emoção, a felicidade não consegue ser eterna.
“É que as emoções são, por natureza, temporárias e flutuantes”, justifica. Para o profissional, buscar um estado constante de felicidade pode ser irreal e até mesmo contraproducente. Ele sugere, em vez disso, “cultivar uma vida rica e significativa, que incluirá uma gama de experiências emocionais, tanto positivas quanto negativas”.
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Afinal, como ser mais feliz?
Da filosofia à arte, todos buscam respostas para essa pergunta. Mas, na ciência, já existem alguns apontamentos que mostram quais comportamentos podem estar atrelados a uma vida mais feliz.
Confira algumas dicas de especialistas sobre práticas que podem nos auxiliar a ser mais feliz no dia a dia:
Praticar a gratidão: isso aumenta o hormônio da felicidade
Parece batido, mas vale experimentar. Luis explica que a gratidão está associada à liberação de dopamina, conhecida como um dos hormônios da felicidade. Quando liberada, a dopamina provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação. No dia a dia, podemos exercitar a prática com um caderno da gratidão, onde você pode responder a perguntas como:
O que aconteceu no meu dia que me sinto grato?
Quais pessoas ou relacionamentos sou grato por dividir meu tempo hoje?
“Esse foco positivo pode ajudar a mudar a perspectiva e a promover sentimentos de felicidade e bem-estar”, relata o especialista.
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Atividade física: boa para o corpo e para a mente
O exercício regular não traz só benefícios físicos, mas também contribuiu para a saúde mental. Segundo Luis, o exercício pode aumentar a produção de endorfina, hormônio associado à sensação de bem-estar e felicidade.
“Além disso, o exercício pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode contribuir a melhorar o estado de ânimo”, justifica o profissional.
Está difícil criar uma rotina de exercícios? Vale saber que existem atividades práticas do dia a dia que podem ser adaptadas como uma rotina de exercícios. . Esse método é conhecido como NEAT, e se baseia em usar atividades diárias, como subir as escadas ou andar a pé ao invés de carro, para sair do sedentarismo.
Conexão social: por que estar com amigos é essencial
A conexão social e as relações com outras pessoas são fundamentais para a saúde mental. Ou seja, ter um momento para sair com amigos e familiares, conhecer gente nova, e curtir a companhia de outras pessoas, é um método para aumentar a sua felicidade.
“A interação social pode reduzir a sensação de solidão e proporcionar apoio emocional, promovendo sentimentos de pertencimento e conexão”, explica Luis. Ele complementa que essas interações sociais estimulam hormônios como a ocitocina, conhecida como o hormônio do amor. Esse hormônio é relacionado a confiança, empatia e vínculo social.
Seja gentil: ela aumenta a felicidade e o bem-estar
Gentileza gera gentileza, mas também gera felicidade. É o que mostra o estudo “Uma série de atividades de gentileza aumentam a felicidade”, que estudou os efeitos psicológicos da gentileza (Curry, et al. 2018) e revelou que praticar atos de gentileza aumenta a felicidade e o bem-estar.
Além disso, detectaram que nenhum dos efeitos diferiu entre os grupos experimentais, sugerindo que a gentileza gera os mesmos efeitos sobre a positividade se feita em pessoas com uma relação mais próxima, distante ou consigo mesmo.
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