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De volta ao eixo
Emiliano Vittoriosi | Unsplash
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O toque com as mãos é a base do Jin Shin Jyutsu, terapia que traz alívio para o corpo e a alma

Fisio-filosofia

Entrei na sala sem muitas expectativas para uma sessão de Jin Shin Jyutsu. Fui recebida pela especialista Érika Ramos, que teve a vida transformada por essa arte ou fisio-filosofia (é assim que se define a terapia), que tem efeitos profundos e nenhuma contraindicação. Ela deixou para trás a carreira de fonoaudióloga, há 14 anos, para se dedicar ao Jin Shin Jyutsu e hoje é terapeuta formada e autorizada a aplicar e ensinar a arte.

Foi ela quem me contou que essa fisio-filosofia foi resgatada no início do século passado pelo japonês Jiro Murai. Ele experimentou a arte em si mesmo e comprovou seus efeitos – ele foi desenganado aos 26 anos, mas a prática diária o manteve bem por mais 50 anos.

Os ensinamentos vieram para o Ocidente na década de 1950, por uma nipo-americana, Mary Burmeister. Chegou ao Brasil há poucos mais de 20 anos. De acordo com o Jin Shin Jyutsu, nosso corpo tem 26 travas de segurança ou centros de energia de cada lado. “Essa energia nos remete à nossa origem, é uma luz invisível que vibra”, conta Érika.

Benefícios

Os benefícios são muitos: de problemas degenerativos a crises de enxaqueca, depressão e dores de amor, medo ou falta de coragem. Depois da conversa inicial, deitei em uma maca. A aplicação dura de 30 a 40 minutos e a terapeuta faz toques muito leves com as mãos (você quase não sente) em vários pontos do corpo. Uma mão pode ficar na perna e a outra no abdômen, por exemplo.

Em pouco tempo é possível experimentar um relaxamento profundo. Quando a sessão terminou, me senti flutuando e com uma sensação de paz enorme. De acordo com Érika, os pontos de toque variam de acordo com a queixa da pessoa. Isso porque cada um dos centros de energia está relacionado a uma sabedoria que, pelas dificuldades da vida, entra em desequilíbrio.

“Quando os problemas surgem é porque o centro de energia não está podendo manifestar a perfeição dele. E isso acontece pelas interferências da vida. É como um rio represado que não consegue seguir o curso natural.” Tristezas, dores, perdas e a forma como lidamos com as adversidades provocam isso.

O que o Jin Shin Jyutsu faz, afinal, é nos ajudar a retomar o ritmo da vida e a transpor as dificuldades, físicas e emocionais, com mais sabedoria e gentileza.

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