Carol Felber: sensibilidade sem amarras
Sem se definir, Carol Felber não se preocupa com rótulos, o que importa é se descobrir no seu trabalho. E ela tem feito isso de um jeito lindo
Sem se definir, Carol Felber não se preocupa com rótulos, o que importa é se descobrir no seu trabalho. E ela tem feito isso de um jeito lindo
Os olhos azuis de Carol Felber brilham quando ela fala de algumas coisas: seus filhos, as lembranças da mãe que estudava Belas Artes, e em especial, da sua arte.
Tímida e pouco falante, a artista diz que não sabe ainda onde se encaixa no amplo universo das artes. Desenhista? Ilustradora? “Está tudo neste espaço, não sei qual é o limite”, conta.
E para Carol, limite não é importante. “Eu sempre fui meio obcecada por desenho. Cresci desenhando. Tenho desenhos que fiz muito nova, com três anos”, diz.
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Carol conta que na infância, a arte sempre esteve presente no dia a dia da família. “Minha mãe estava sempre pintando, fazendo gravuras, acho que foi natural eu seguir esse lado também”, comenta.
Mas, apesar de natural, o caminho foi longo: antes de decidir se dedicar aos seus desenhos, Carol experimentou várias áreas. Fez alguns períodos de Arquitetura e de Artes Visuais até se formar em moda.
Foi então que, no começo de 2019, ela decidiu se dedicar ao desenho. E começou a buscar a sua identidade artística. “Tudo me inspira. Gosto de desenhar figuras humanas, natureza, plantas, árvores. Tive momentos em que só desenhava formas geométricas e abstratas”, revela a artista, que explica que retratos são a maioria em sua obra.
Ela comenta que além do desenho já fez pintura, aquarela, gravura, litografia. “Eu gosto muito de técnicas manuais, e um dos meus objetivos num futuro próximo é me aprimorar também nas ferramentas digitais”, explica.
De estilo variado, mas com preferências sólidas quando o assunto é a ferramenta a ser utilizada, ela conta que usa muito o lápis em suas obras. “Também gosto muito de nanquim”.
Atualmente, Carol trabalha na série Mulheres da Música. São onze ilustrações de cantoras que são fonte de inspiração para ela. “A figura humana feminina sempre foi um grande tema para mim e para dar uma delimitada eu quis trazer mulheres que me inspiram. Comecei com cantoras e musicistas, mas pretendo expandir e fazer com mulheres de outras áreas também” revela.
Carol enxerga inúmeras possibilidades e não se prende em formatos ou métodos. “Me deixo levar pelo momento. Gosto de pensar que arte é a expressão do espírito humano, que não serve a nenhum propósito prático, que é apenas pela expressão, mesmo. E sendo assim, não dá para delimitar. A arte é livre”, finaliza.
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