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A montanha como meio de reencontro
Roberta Abrantes
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O contato com a altitude de uma montanha permite um momento de reconexão com a gente mesmo e, dessa forma, encarar os problemas do cotidiano se torna um pouco mais leve. Um inspirador experimento da Cerveza Patagonia permitiu que três pessoas tivessem essa vivência. 
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Para boa parte das pessoas, no último ano e meio, o lar virou um espaço integrado: escritório-dormitório-área de lazer-refeitório-escola-salão de beleza e muito mais. Da porta para fora, a ameaça constante da fugacidade da vida. Um contexto doloroso, fortemente agravado pelo caos político. Como resistir com saúde mental? Qual sua válvula de escape? Roberta Abrantes, dona de uma confecção de roupas no Rio Grande do Sul, começou a petiscar mais entre as refeições e, consequentemente, viu o peso aumentar.

O que para algumas pessoas não é uma questão problemática, para a empresária foi motivo de mais ansiedade. Há cerca de dez anos, Roberta fez uma cirurgia bariátrica, e embora tenha se mantido ativa com os exercícios dentro de casa, perdeu o controle de sua compulsão alimentar. O transtorno causado pelo aumento gradativo de peso, somado a uma rotina de trabalho intensa. A pressão por tocar o próprio negócio sozinha dentro de um contexto econômico pouco animador, e a ausência de contato social e de lazer, trouxe dor.

Com válvulas de escape distintas, eu, você, sua vizinha, o padeiro do seu bairro e outras milhões de pessoas possivelmente experimentamos sentimentos similares aos de Roberta. Como seres sociais, precisamos do outro, do abraço, do cheiro, do espaço e do afeto para seguirmos em frente, sem nos perdermos de nós mesmos. Como se reencontrar dentro desse cenário? A resposta pode estar nas montanhas.

Olhar para o horizonte 

Roberta e mais duas pessoas participaram do Experimento da Montanha, iniciativa criada pela Cerveza Patagonia a fim de ajudá-los a diminuíremir o nível de estresse e se reconectarem consigo mesmos a partir do contato com a altitude. Cada um foi levado para uma cabana em Cambará do Sul (Rio Grande do Sul) para seguir sua vida normalmente, como se estivessem em casa.

patagonia Crédito: Roberta Abrantes

Apesar da rotina, o estresse se dissipou. “Olhar para o horizonte depois de tanto tempo me trouxe outras perspectivas, a noção de imensidão, que se perdeu dentro das paredes de casa. Os ruídos externos, acordar com o som das aves e apreciar do anoitecer reconfiguraram os problemas e me permitiram ganhar um novo olhar para lidar com o que me afligia”, comenta Roberta. Nos dias que passou no Experimento, compartilha, conseguiu apaziguar a ansiedade e ter mais controle sobre sua alimentação.

Lia Luz, psicóloga que acompanhou a experiência junto aos participantes, comenta que “o contato com a natureza permite perceber que somos parte integrante de um mesmo ecossistema. Dessa maneira, mudamos a perspectiva do olhar sobre como lidar com algo que antes causava tanto sofrimento. Não é uma questão mística, é utilizar os mecanismos que enxergamos nos momentos de calmaria, como respirar e pensar antes de agir”. 

No topo da montanha

Os percalços da vida cotidiana fazem com o que o inspirar e expirar, processo instintivo e que mantém o organismo funcionando corretamente, seja automatizado. Quando foi a última vez que você prestou atenção no ar que inala? O que nos falta dentro da rotina é um tempo para nós mesmos, onde há atenção plena ao que se está fazendo e ao desfrutar da ação. O ar rarefeito e pouco poluído das alturas das montanhas pode trazer o frescor necessário para um novo encontro, dentro da própria vida, como aconteceu com Roberta. Ela acredita que hoje, apesar do  ritmo ainda intenso do dia a dia, está mais ligada em si e nas suas emoções.

A transformação de Roberta a partir do Experimento é explicada pela filósofa Viviane Mosé durante o manifesto do vídeo: ao subir numa montanha, ganhamos força, vida e voltamos maiores. Ela aborda a exaustão que vivemos diariamente e como o caos da cidade influencia em nosso bem-estar, limitando nosso próprio potencial, e estimula uma reconexão com a natureza para desbravarmos novos horizontes. “Queremos fazer um convite: neste momento em que estamos pressionados, é importante mudarmos nossa rotina e vermos tudo de cima. Explorar a montanha é cansar o corpo e descansar a mente, é transformador”, comenta Daniel Silber, head de marketing da Cerveza Patagonia no Brasil.

E você, está pronto para subir em uma montanha? 

Para assistir ao Experimento da Montanha promovido pela Cerveza Patagonia, clique no vídeo.

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