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Mães que buscam autoconhecimento voam ainda mais alto 
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Os benefícios de um bom despertar para a auto-observação nos fazem dizer mais sim para nós e nosso presente e mais nãos para o que não faz bem

Sim, eu poderia dizer “pessoas que buscam autoconhecimento” mas foquei nas mulheres com filhos para intitular minha coluna e isso tem um porquê. Não só porque sou mulher e essa é a área onde atuo, facilitando esses processos femininos com mães, mas por questão de espaço. O sistema em que vivemos dificulta às mulheres a atenção a si e o olhar para a força de suas histórias. Por mais que elas conquistem espaços de importância, ainda assim, lidam com dificuldades de confiar em si, de insegurança e de excesso de autocobrança.

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No campo da maternidade, olhar para as evidências de belos produtos do nosso empenho, nossos filhos, e ver ali o resultado da pura entrega e doação, parece mais difícil ainda. Culpas e cobranças e resultados perfeitos para o mundo é algo comum.

A tarefa começa dentro de casa

Lido com mães que não consegue se admirar, que acreditam não merecer conquistas pessoais ou que só se dão conta da importância de buscar ajuda, quando estão realmente pifando. A autoestima dessas mulheres, e não falo só da autoimagem, mas a questão de se enxergar como ser humano, com necessidades de merecer pausas, foi soterrada pelos afazeres para os outros. Realmente, para muitas, pausa é um luxo. Mas, na minha opinião, um luxo, que deve ser exercitado com frequência. É uma conquista de espaço importante e mínima pela nossa qualidade de vida. Para que a real força que temos escondida pelos véus da parte coadjuvante feminina no mundo. 

Desacreditamos em nós. Por séculos, tudo que nossas ancestrais construíram foram filhos educados, casas organizadas e maridos bem-sucedidos. Sim, nesse último quesito, fomos o lado invisível da economia. E sem a total responsabilidade por todas as outras necessidades da família, os homens não conseguiriam “chegar lá”. E não desmerecendo as mulheres que hoje também constroem, e muito bem esse papel, mas que ainda assim, para essas também haja espaços para si mesmo como donas de suas casas.

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Voltando à história, os padrões de mulheres perfeitas como fontes inesgotáveis de cuidado e doação tornou-se uma marca registrada. Admitir o excesso de carga mental, ressignificar esses padrões de existência feminina se fazem fundamentais, por nossas vidas e, mesmo para os exemplos de mulheres e homens que queremos no futuro. A tarefa começa dentro de casa. É por nossos filhos também.

Auto-observação

Seja a busca por terapias, círculos de mulheres, livros, autores, cursos voltados para o crescimento pessoal, meditação ou até um altarzinho de conexão consigo mesma, enfim, iniciar esse tempo seu. E veja, não falei em pausas para o salão de beleza ou a academia. Essas questões do corpo são importantes, mas minha intenção aqui é despertar para nossa forma interna mesmo. Para termos mais clareza na tomada de decisão, para acreditarmos que merecemos ser bem pagas pelo trabalho que escolhemos, para aprender a ter foco e objetivos reais, para saber que tipo de pessoa queremos por perto, para nos sentirmos mais seguras em nossas escolhas, para passarmos por cima do que não importa, enfim, a lista é infinita.

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Os benefícios de um bom despertar para a auto-observação nos fazem dizer mais sim para nós e nosso presente e mais nãos para o que não faz bem. Isso é dignidade! Para empreender, para a carreira no mercado de trabalho, para a relação com a família e com todos à nossa volta… Parafraseando Sócrates, conheça-te a ti mesma! Pela sobrevivência plena dos nossos sonhos.

Luísa Alves é relações públicas, produtora cultural, facilitadora e mentora de mães. Iniciou seu trabalho com maternidade e infância, através do conteúdo digital com o Guia Fora da Casinha. Hoje fala de maternidade, autoconhecimento, carreira e empreendedorismo. Nesta coluna, quinzenalmente, traz reflexões sobre visibilidade e fortalecimento de mães. Seu instagram é @euloooalves

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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