Veja como descobrir as habilidades que você já tem e não conhecia

É comum que, ao embatucar* e desejar outro tipo de vida, a gente comece a pensar em uma possível mudança de rumo profissional a partir das nossas experiências e habilidades. E é mesmo interessante que esse pacote conhecido possa ser transferido para novos contextos.

Acontece que limitar seus movimentos ao que você acha que já sabe fazer bem não necessariamente garante progresso nessa jornada.

Como descobrir suas habilidades?

Em primeiro lugar, nem sempre a gente tem clareza a respeito do que são realmente as nossas habilidades e de como elas geram contribuição. É provável que as coisas em que você se destaca naturalmente sejam as mais difíceis de reconhecer.

Como elas são naturais e fáceis para você, acabam não sendo nomeadas nem consideradas particularmente valiosas – e, por isso, muitas vezes, sequer entram no seu radar. Por causa disso, há características e jeitos de fazer seus que facilmente podem ser ignorados e descartados, mesmo que você não perceba que isso está acontecendo.

Nesse sentido, um exercício que gera esclarecimento é pedir para pessoas de diferentes círculos apontarem a contribuição que você já ofereceu a elas, seja em questões de trabalho ou naquelas relacionadas a outras áreas da vida.

• O que você fez?
• Como você fez?
• Se isso fosse uma habilidade, que nome teria?

Peça essa ajuda para ampliar a sua percepção e veja o que aparece.

LEIA TAMBÉM 

Os caminhos para a inovação

Explore, na prática, as suas habilidades

Em segundo lugar, para se adaptar ao mercado de trabalho, a gente costuma desenvolver um conjunto de habilidades que funcionam e garantem a performance e a sobrevivência, ainda que não garantam satisfação duradoura nem aquele bem-vindo senso de evolução. Você se identifica com essa sensação?

O ponto é: essas habilidades ajustadas ao ambiente não necessariamente estão relacionadas aos nossos talentos (ou interesses) mais genuínos. Recorrentemente, nas mentorias de carreira, escuto clientes relatando que só se sentem expressando quem são integralmente quando estão em casa, agindo de um modo “relaxado”. E aí não se dão conta de que, numa eventual mudança de direção, essas coisas que fazem fora do trabalho poderiam ser úteis e valiosas também dentro dele.

O fato é que, mesmo que você pesquise bastante, se estiver presa na pergunta “em que eu sou boa atualmente?” é provável que esteja pensando de forma curricular e linear. E assim, deixe passar opções sobre as quais ainda não tem conhecimento ou experiência – mas que poderia ter, se houvesse oportunidade para experimentar, aprender e se desenvolver.

Procure o que desperta sua curiosidade

A melhor coisa que você pode fazer ao embatucar é se dar espaço, o mais amplo possível, para explorar. Independentemente de onde você acha que o que já sabe fazer seria aplicável. Olhe para frente em vez de buscar validação no passado.

As habilidades que você acha que tem não definem tudo o que você é capaz nem todas as suas possibilidades.

Em vez de se limitar ao que você é boa, considere se aproximar daquilo que faz você se sentir energizada, interessada e curiosa. É por aí que você se conecta ao futuro!

VOCÊ PODE GOSTAR

Desenvolver repertório é essencial para a humanidade 

Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião da Vida Simples