Um cão, um filme e uma lição sobre propósito
O que é o sentido da vida senão ter bom humor, aprender a ser otimista e tornar-se alguém resiliente que encara os fracassos, lutos e crises como oportunidades de aprendizado?
Parece que vamos mesmo continuar a falar sobre este assunto: propósito! Parece que vou mesmo insistir em trazer um olhar mais leve sobre o tema, e que talvez consiga te ajudar a encontrar o seu…
E como é a vida senão uma sucessão de fatos e coincidências… Logo depois que escrevi a coluna de agosto, falando sobre sentido, minha filha de numero 2 (são três, no total), me chamou para assistirmos juntas um filme.
“Mamãe, mamãe, aquele filme que vimos o trailer da continuação nos cinemas!”, disse ela, com sua voz doce e entusiasmada ao encontrar no catálogo Quatro Vidas de Um cachorro!
Assistimos juntas. Assistimos, rimos, choramos! Refleti…
O filme todo é lindo, e sim, essa introdução toda e para indicá-lo a você: Assista!
Mas é também para trazer a fala final do cãozinho (não darei spoiler, fique em paz), pois, a partir dela, surge um caminho para nós, homens e mulheres, acharmos o nosso próprio propósito de vida:
“Então em todas as minhas vidas como cão, foi isso que aprendi: divirta-se, é óbvio, sempre que possível. Ache alguém para salvar e salve. Lamba quem você ama. Não faça cara triste pelo que aconteceu nem cara franzida pelo que não foi possível. Só viva o momento. Esteja aqui, agora. Este é o propósito de um cão.”.
Escutei mais de uma vez essa frase, e minha reação foi a mesma em todos os momentos: Uau, é isso!
Quanta psicologia positiva numa só frase. Quanta simplicidade para descrever algo que insistimos em complicar. E o filme todo é um aprendizado de práticas reais, quando nós, seres humanos, gostamos mesmo é de apenas filosofar.
O que é o sentido da vida senão ter bom humor, aprender a ser otimista e tornar-se alguém resiliente que encara os fracassos, lutos e crises como oportunidades de aprendizado?
E quanto a ter um propósito, o que é senão o contentamento na prática da benevolência, que olha para e pelo outro e dele cuida, amorosa e altruistamente. Que se contenta com o contentamento do outro, e que se sustenta em saber que foi agente deste contentamento. Que o faz, sem esperar retribuição ou gesto de gratidão. E o segue fazendo, não por obrigação, mas porque simplesmente não sabe ser diferente.
Ah, e sobre o quando encontrar o seu sentido da vida, o seu propósito? Nem no passado que te entristece ou te deixa saudoso, nem no futuro que te deixa ansioso. Aqui, no momento presente. Atento. Alerta. No simples e no óbvio.
E quanto à parte do “Lamba quem você ama.”? Beije, abrace, esteja juntinho. Demonstre carinho (a menos que você que lê também seja um cãozinho).
Ana Paula Puga é psicóloga, autora de dois livros, educadora parental, coach e conselheira positiva. Também é casada e mãe de três crianças. Seu instagram é @ana_paula_puga
Os comentários são exclusivos para assinantes da Vida Simples.
Já é assinante? Faça login