Compras de fim de ano: 7 ideias para praticar o consumo consciente
Novembro abre a temporada de compras de fim de ano e pede ainda mais atenção (e intenção) quando a necessidade (ou vontade) de comprar algo bater
Novembro abre a temporada de compras de fim de ano, com um grande estímulo ao consumo, e pede ainda mais atenção (e intenção) quando a necessidade (ou vontade) de comprar algo bater.
Destacar que o consumo consciente é muito mais sobre expansão da consciência do que compras ecológicas em si, foi o intento na minha primeira coluna por aqui. Mas como novembro abre a temporada na qual mais somos estímulos ao consumo (ofertas de black friday, novas coleções de moda, procedimentos estéticos com o mote do verão, Natal…) sinto que é o momento de transitar de uma conversa mais reflexiva e inspiracional e partir para a prática.
Afinal, se existimos, logo consumimos (não só coisas, mas também serviços, experiências…), então, que seja da maneira mais responsável o possível.
Para colocar o consumo consciente literalmente em prática, listei sete atitudes que ajudam a ter mais responsabilidade ao comprar algo (spoiler: algumas podem te ajudar a comprar com mais convicção, te fazer desistir de comprar ou mesmo criar alternativas para o seu desejo).
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Faça as perguntas certas
Questionar é uma premissa básica da atitude sustentável. Seja sobre as próprias motivações ou a respeito do que se deseja adquirir, algumas perguntas essenciais:
- Quem ou o que está me motivando a desejar isso?
- Eu preciso mesmo disso? Posso esperar mais?
- Qual será o impacto da minha compra no meio ambiente?
- Do que o produto é feito? Como é feito? Aliás, quem faz?
A partir destas perguntas, conseguimos não apenas colocar consciência sobre o desejo de consumo, mas ter autonomia para seguir um caminho que possa satisfazer a possível necessidade: comprar (quando e de quem), fazer, trocar… enfim, é a base das demais dicas!
Leia os rótulos e pesquise a origem das coisas
Uma vez que você pergunta de onde vem ou como é feito, por exemplo, não deve abandonar a missão. É preciso encontrar as respostas. Algumas estão à nossa disposição no verso das embalagens, em pequenas letrinhas. Ler rótulo pode não parecer fácil, mas não é impossível.
Se não for compreensível em um primeiro momento, vale buscar nos sites de pesquisa, falar direto com a empresa, com órgãos reguladores e até usar as redes sociais para isso. E não se convencer rápido.
No caso de roupas, sugiro o aplicativo Moda Limpa, que avalia o envolvimento de marcas de roupa no trabalho escravo. Para cosméticos, a limpp.com.vc e o EWG, para investigar o impacto dos ingredientes. Para a alimentação, o Desrotulando é muito didático.
Procure por matéria-prima de menor impacto
Procure saber sobre o material dos quais as coisas que você deseja são feitas. O plástico não é um vilão à toa: objetos neste material, criado para praticidade da sociedade, tem resistido ao tempo e se acumulado no solo, nos oceanos e até no corpo humano.
Já existem versões de menor impacto, feitas com insumos vegetais, mas também há versões de muitos objetos em bambu, madeira, algodão…
Priorize o consumo local
A localização é um movimento relevante e cada vez mais explorado sob o guarda-chuva de causas da sustentabilidade. Uma das maneiras mais descomplicadas de adotar, é olhando em volta.
Precisa de uma bolsa, um sabonete ou uma compota? Procure saber se há pequenos empreendedores no seu bairro ou cidade. Assim, você não só apoia a economia local, como também economiza (o frete será menor, a estrutura da marca também…) e gera menor impacto.
Considere colocar a mão na massa e fazer o que precisa
Fazer a própria comida não só deixa as refeições mais saudáveis, como também evita o desperdício e mais embalagens descartadas. Se você tem uma composteira, então, perfeito! Conseguirá fechar o ciclo do alimento, transformando o que viraria lixo em adubo para plantas!
Costurar vai te ajudar a manter as roupas em um estado melhor por mais tempo. Marcenaria, cosméticos, cerâmica… não importa: fazer, seja para você ou para presentear, é sempre uma atitude ecológica.
Consuma itens com história
Brechós físicos e online, iniciativas no estilo “Família vende tudo”, e até troca entre amigos, também é um caminho.
Respire, sempre
Sim, a pressa é inimiga do consumo consciente. Não à toa, marcas não muito alinhadas à sustentabilidade ainda adotam gatilhos emocionais para nos fazer comprar cada vez mais. E raramente nos dão tempo para pensar, respirar e, então, decidir.
A sensação é de que estamos perdendo a única chance. Antes de dar ok no carrinho de compra, tente fazer outra coisa e dar um tempo para entender, naturalmente, se o desejo é um impulso ou uma real necessidade.
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