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Caminhos da fragilidade e da força
Milan Ivanovic
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Estava completando 47. Isso foi há três anos. Postei uma foto com os filhos e outra só minha. Cabelos longos, olhos distantes, sorriso discreto, mas ainda assim um sorriso. Enquanto várias pessoas se atinham a me dar parabéns, uma amiga, dessas que conhecem alguns dos meus labirintos internos, escreveu: “o que está acontecendo? Você está triste”. Estava. Profundamente triste e me sentindo sozinha. O casamento estava desabando e me encontrava no meio dos escombros. Imóvel, sem saber como me mexer para sair dali. Mas essa versão, desastrosa, parecia não ser feita para dividir, expor. Somente aqueles que sabem olhar, de verdade, conseguiam reconhecer as rachaduras típicas da fragilidade e dos desastres internos. A amiga é fotógrafa, das boas. E isso diz muito.

Corta a cena. Recebo a mensagem de uma pessoa falando sobre confusão, afundamento. De si. Não era algo que, até então, pudesse supor. Sempre feliz nas fotos compartilhadas. Parecia tudo bem. Mas não está. Não está. Penso em mim, nela. Conforme vamos conversamos, percebo a dificuldade que ela tem de colocar a fragilidade na vitrine. Não somos diferentes. Eu também não consigo. Compartilhar fragilidade é para quem tem coragem. De viver. Isso porque, primeiro, precisamos reconhecê-la, abraçar e colocar no colo. Aceitação. De quem somos. Caminho difícil. Pedregoso. De encarar nossos enganos.

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