Aquele típico dia preguiçoso bom para fazer uma pausa
Em tempos onde quase tudo e todos têm pressa, hoje quero falar de PAUSA, palavra curta que enseja suspensão temporária de ação ou movimento; falta de agilidade, morosidade, lentidão.
Domingo de manhã, eu aqui fazendo nada e o pensamento, aquele companheiro incansável dos nossos dias e noites, me questiona sem vergonha na cara “e aí, mocinha, o que faremos hoje?”. O relógio denuncia a ansiedade desse parceiro que não dorme: são quase 10h! Bem que meu corpo também tentava avisar que estava horas a fio esticado numa cama confortável com lençóis alvos e travesseiros fofos. Talvez seja mesmo momento daquela espreguiçada derradeira para, finalmente, levantar.
Pela janela do 27° andar no icônico e peculiar edifício Copan, lá perto do céu, enxergo a “São Paulo que não para” mais lenta e silenciosa. Sim, hoje é o dia “real-oficial” da pausa! Se no calendário o domingo foi eleito como o início da semana, acho justo esse arbítrio da gente preparar corpo e mente para a chegada da próxima maratona de 7 dias, ou simplesmente descansar da que acabou de acabar.
Fazer uma pausa
Lá vem ele outra vez, o Senhor Pensamento desprovido de vergonha na cara. Já chega batendo o dedo indicador no meu ombro para saber o que faremos hoje, afinal, estamos na maior cidade do país, o clima está gostoso, têm exposições para visitar, feirinhas de rua que eu adoro e infinitas opções para bater pernas e alimentar o olhar. Enquanto tomo um gole do café que acabei de passar, aviso sem constrangimento: hoje quero pausa!
Para ser ainda mais sincera, quero fazer o que sentir vontade, sem hora marcada, e olha que ainda nem arrumei a cama e ela está ali, tipo ninho de passarinho, convidando para um mergulho naquele emaranhado de edredom, lençol e quatro travesseiros brancos dignos de comercial de sabão em pó — na verdade, são apenas dois travesseiros, os outros encontram-se devidamente apropriados pelo parceiro de estrada (e de vida) que ainda não acordou.
Lições da Dona Vida
Hoje quero PAUSA, quero fazer “tudos e nadas” desordenadamente. Ao contrário do Senhor Pensamento, a Dona Vida tem me ensinado o sentido e o valor dessas 5 letrinhas e, confesso a você, querido leitor, tenho sido boa aluna e observado com afinco essas possibilidades.
Que tal uma pausa por aí também?
Beijos meus!
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