COMPARTILHE
Abe: leveza contra o drama das diferenças
Netflix
Siga-nos no Seguir no Google News

ABE, de Fernando Grostein Andrade, com Noah Schnapp, Seu Jorge, Dagmara Dominczyk, Arian Moayed, Mark Margolis, Tom Mardirosian, Salem Murphy | Brasil, EUA, 2019 | drama, comédia | M12 | Netflix

Abe tem 12 anos e não aguenta mais ter que apartar as brigas em família. São discussões sobre assuntos importantes, como intolerância religiosa, mas que são tratadas de uma maneira corriqueira neste filme, que mais parece uma aventura gastronômica.

Isso porque Abe é apaixonado pela culinária. Quer aprender a cozinhar e encontra um mestre bem brasileiro (o cantor Seu Jorge) para ajudar a misturar os ingredientes. E essa habilidade para misturar passa a ser uma grande metáfora da vida. Nela, a harmonia está em saber combinar as questões complexas da vida, dosar os comentários, deixar alguns desejos (ingredientes!) de lado em prol de outros. Assim, a comida fica mais saborosa e todos podem apreciar juntos.

Abe quer fazer de tudo para que seus pais e avós — judeus e palestinos — se reconciliem e possam conviver em harmonia. Um filme leve e gostoso de ver. Aborda a dificuldade que temos de escutar o outro e olhar a vida sob um prisma diferente.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.


Se você gostou deste episódio, também pode gostar de: Navillera. 

NAVILLERA (Nabillera), de Dong-Hwa Han, com In-hwan Park, Song Kang, Moon-hee Na | Coreia do Sul, 2021 | drama | M12 | T1, 10 Ep. | Netflix

Shim Deok-chul tem 70 anos e sempre sonhou em dançar. Mas esse sonho nunca teve espaço na sua vida, porque tinha que sustentar uma família e o universo da dança era visto como algo feminino. Quando criança, embora já tivesse mostrado interesse, foi repreendido severamente pelo pai.

Lee Chae-rok tem 23 anos, é um jovem dançarino e tem uma carreira promissora no balé clássico. Mas é preciso inteligência e estabilidade emocional pra enfrentar os treinos e ser o melhor. Entretanto, manter o foco é um desafio ainda maior porque, neste momento,  ele tem que lidar com questões familiares importantes. A vida dos dois se cruza no estúdio de balé e Chae-rok aceita ensinar Deok-chul a dançar.

Com leveza, graça e sensibilidade, Navillera vai proporcionar um mergulho na cultura coreana e mostrar como o conflito entre gerações pode ser rico e como é possível trocar e aprender com o outro. Isto é,  desde que haja disposição para isso. Mas o que mais chama a atenção nessa séria coreana é o mergulho no universo masculino em um assunto ainda cheio de preconceito, que é o balé.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário