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    Dicas para organizar uma rotina produtiva e sem ansiedade
    Não existe rotina organizada perfeita, mas ela pode ser mais sustentável e flexivel (Foto:Estée Janssens/Unsplash)
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    Quem não gostaria de ter tempo para fazer tudo? Às vezes, concluir todas as demandas da rotina é uma prioridade máxima. Entretanto, a vontade de ser uma pessoa produtiva pode nos gerar dinâmicas exaustivas e nos causar sentimentos de ansiedade. Além disso, faz com que as pessoas, mesmo sem saber, deixem de lado o descanso e atividades de lazer, essenciais para uma boa qualidade de vida.

    Além da ansiedade e do estresse, outra sensação dá as caras quando algo não sai como o idealizado ou não é finalizado: a derrota, que vem acompanhada dos sentimentos de tristeza, raiva e rancor. Então vem a pergunta: como sair desse ciclo e ter uma rotina realmente produtiva, sem pesar a carga emocional e dando espaço para o descanso?

    Além de assistir às aulas e realizar as atividades da graduação, a estudante do curso de jornalismo na Universidade Federal do Ceará (UFC), Laura Tavares, é bolsista da instituição e integra dois projetos de extensão universitária. Ela conta que uma das suas principais dificuldades é iniciar suas demandas, o que acaba resultando em atrasos ou até mesmo na não-conclusão de algumas atividades planejadas.

    Ansiedade não precisa fazer parte da rotina

    “Fico muito frustrada porque me cobro muito. Se eu não conseguir fazer uma tarefa, isso acaba prejudicando todas as outras, fico desanimada e entro em um ciclo de não conseguir começar. Fico com a visão de que se não consigo terminar algo, não vou conseguir iniciar outra tarefa”, relata.

    O sentimento de ansiedade ou frustração diante das atividades não precisa ser uma constante em uma rotina que tem a intenção de ser produtiva. É possível alcançar uma produtividade sustentável com organização, estado de presença, flexibilidade e gentileza, com descanso e tempo para aproveitar outros aspectos da vida.

    “Quando temos a rotina estruturada, ela ajuda a dosar os momentos protegidos para conseguirmos descansar, o tempo de qualidade com as pessoas que gostamos, e os momentos que não estão só voltados para ideia de produzir, de conquistar coisas. Enfim, é preciso dar espaço para a gente só existir, mesmo”, diz Yasmim Barroso, criadora da página Flor de Mim, voltada para organização e produtividade.

    Uma rotina produtiva inclui tempo para tudo, inclusive para fazer nada

    No sistema capitalista, que explora recursos naturais e produz acumulação de riquezas o tempo inteiro, o descanso é anunciado de diferentes formas – às vezes sutis, outras vezes, escancaradas –, como algo contra-intuitivo. Apesar da vontade do sistema em nos manter ativos o tempo todo, produzindo e consumindo, o período de pausa é fundamental para o bem-estar de qualquer ser vivo.

    “Se temos como objetivo que a vida seja mais gostosa, ter essa sensação de estar presente no seu dia a dia, o descanso é muito importante para termos esses espaço, para nos sentirmos mais nós mesmas e para conseguirmos fazer as coisas com mais alegria e tranquilidade”, afirma Yasmim.

    Além disso, são os períodos de descanso que permitem que as atividades sejam executadas. “Consigo produzir e fazer de novo também porque descanso de novo. Criamos um ciclo que não tem picos enormes de produtividade, mas isso faz com que você não tenha também vales de cansaço e de se sentir uma pessoa completamente drenada”, exemplifica.

    Sinais de que a rotina precisa de ajustes

    Quando as demandas são excessivas e não há descanso, o corpo e a mente mandam sinais de que é preciso reajustar a rotina. Segundo a psicóloga Maira Alves, esses sinais podem ser emocionais. Por isso, é preciso ter autopercepção para entender o que pode ter causado os alertas.

    “As emoções funcionam como sinalizadoras de informações. Se estou me sentindo mais irritada, mais triste, mais ansiosa, devo me perguntar o que está acontecendo. Precisamos também perceber esses sinais não só como emocionais, mas como reações fisiológicas. Por exemplo, desânimo, indisposição, falta de motivação ou cansaço excessivo são sinais de que algo está errado”, explica a especialista.

    Maira também alerta sobre como as pessoas reagem a determinados dias da semana. “Nossa semana tem sete dias. Não faz sentido eu gostar apenas do final de semana. Se eu não estou gostando da minha semana, vale se perguntar: será que estou acumulando muitas atividades? Vou conseguir manter uma constância?”

    “É muito importante gostar da semana, claro que ela não vai ser só satisfação e prazer, vão existir obrigações, mas a gente precisa equilibrar o máximo possível”, aconselha.

    Segundo ela, quando sinais como esses são dados, pequenas mudanças na rotina podem fazer com que as pessoas passem a se sentir melhor. Entre os ajustes que podem ser feitos na rotina, inclui-se a prática de atividade física, do sono regular, dos cuidados com a alimentação e, claro, dos momentos de lazer e descanso.

    Por que a gente procrastina?

    Procrastinação é um sinal de que algo na rotina não está adequado, e tem relação com o medo de falhar (Foto: Magnet.me/Unsplash)

    Procrastinar pode atrapalhar a conclusão de atividades e ainda promove uma espécie de ciclo vicioso da ansiedade: quanto mais a gente procrastina, mais ansiosos ficamos, e quanto mais ansiosos estamos, mais procrastinamos. Entretanto, como é um comportamento de evitação, ela pode ser um dos sinais de que a rotina não está sendo adequada.

    “A procrastinação pode estar associada a muitas coisas, podendo ser um sinal de estresse, de ansiedade ou de falta de motivação. Muitas vezes, ela pode aparecer até por conta de um perfeccionismo, ou seja, de um desejo por ter as condições perfeitas para concluir aquela atividade”, aponta Maira. Nesse caso, procrastinar está relacionado ao medo de falhar.

    Mas além desse fator, a procrastinação pode ser motivada pelos excessos de demandas em uma rotina. “Antes mesmo de começar a fazer, a tarefa já se torna exaustiva. Isso pode indicar uma sobrecarga mental e emocional, em que a pessoa se sente paralisada diante do grande volume de tarefas”, exemplifica.

    A psicóloga aconselha que se avalie as origens e o significado da procrastinação, para que se entenda sua causa.

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    Organização é diferente de planejamento

    Para que uma rotina se torne minimamente organizada, é preciso quantificar o tempo de execução das tarefas. É preciso levar em consideração também as 24 horas que temos a cada dia.

    “Organizar é diferente de planejar”, explica Yasmim. No caso do planejamento, é preciso considerar mais detalhes do que apenas quando se organiza algo, como o modo com que as atividades serão feitas e os prazos para realizá-las. Para a consultora em organização, a principal ferramenta para organizar a rotina é o planejamento semanal.

    “Ele tem esse olhar um pouco mais detalhado e com a intenção de criar uma melhor qualidade de vida semana a semana. O planejamento semanal, com certeza, é a principal ferramenta para organizar a rotina e não precisa de muito para realizar, apenas papel e caneta”, conta Yasmim.

    Mas além de listar as atividades e os objetivos, é preciso que eles estejam alinhados com as necessidades de cada pessoa. “É preciso sempre pensar e comparar esse planejamento com as coisas que precisam ser feitas, sempre lembrando dessa necessidade do descanso. Essa é a melhor ferramenta para conseguirmos planejar a semana e dessa forma organizar nosso dia a dia”, continua.

    Flexibilidade para se sentir confortável na rotina

    A flexibilidade é outro elemento essencial para se ter uma rotina saudável. É preciso ter em mente que, como seres humanos, nossos níveis de energia, foco e disposição não são os mesmos todos os dias, e muito menos em todas as horas do dia.

    Nossos 100% de produtividade, o máximo que a gente consegue fazer, varia de acordo com fatores internos, relacionados ao nosso corpo e mente, e também aos externos, relacionados com os movimentos da sociedade, as mudanças no clima, entre outros.

    “Ser flexível em relação à rotina é também levar em consideração uma flexibilidade em relação às horas e aos minutos do dia. Às vezes a gente precisa muito mais de uma noção, uma estrutura das atividades que podem ser realizadas a cada dia, mas sem essa rigidez em relação aos horários de cumprimento das tarefas”, comenta Yasmim.

    Afinal, a flexibilidade é uma aliada na garantia de que vamos nos sentir bem sempre que possível com a nossa rotina e com as mudanças que eventualmente podem acontecer.

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