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Como ler mais: dicas para ter o hábito da leitura
Girl holding cup of hot tea and reading in bed. Around her in bad earphones, book, smart phone. Decorative lights in background.
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Pedro Pacífico, criador do Book.ster, compartilha cinco sugestões para quem quer incorporar os livros à rotina de forma efetiva


Pedro Pacífico é advogado e, há pouco mais de dois anos, começou a compartilhar dicas literárias no Instagram, com o perfil
@book.ster. Hoje, já soma mais de 120 mil pessoas em torno do mesmo propósito: ler mais e melhor. “Eu sempre tive o costume de ler um pouco, mas nada muito consolidado. Ficava períodos sem abrir livro algum!”, conta. “Hoje, depois de quatro anos de mudanças de hábito, não consigo mais ficar sem. Faz parte do meu dia e ajuda a manter minha saúde mental na correria comum a todos nós”, diz.  

Ele também conta que o fato de ter cursado direito e, portanto, não ter formação profissional alguma que remetesse ao universo literário, o incentivou a mostrar que a literatura é para todos. Depois que a tecnologia começou a se fazer mais presente nos nossos dias, especialmente com as redes sociais, qualquer outra atividade parece ser mais estimulante do que um punhado de páginas com histórias. Por isso, com a ajuda dele, reunimos algumas dicas para te ajudar a (re)tomar gosto pela leitura. 

 

 

Leitura é hábito
Da mesma forma que qualquer processo de construção de hábitos, incluir o momento da leitura na rotina pode ser bastante desafiador. Tente estipular um tempo, como dez minutos antes de dormir, ou um número pequeno de páginas por dia. Metas assim ajudam, desde que sejam traçadas de forma consciente, de acordo com sua realidade. Se você não pega em um livro há meses, não adianta se propor a ler, a cada noite, cinquenta páginas. Isso pode ser uma fonte ainda maior de desmotivação. Colocar essa atividade sempre no mesmo horário também é uma boa pedida. O advogado faz um convite: que tal começar ainda hoje? 

Experimente ler mais de um livro ao mesmo tempo
Uma estratégia que Pedro gosta de usar é escolher quatro livros por vez, de diferentes categorias: um clássico, um de algum autor contemporâneo, uma obra de até duzentas páginas e, por fim, uma não-ficção, como biografias, livros técnicos, autoajuda, negócios…. A leitura simultânea permite que, pela variação de temáticas, você não se canse rápido de uma narrativa, fator que aumenta as chances de abandono de uma obra. Além disso, cria-se a oportunidade de conhecer novos autores e entrar em contato com diferentes estilos de construção de texto. A única regra é que só vale começar um novo titulo quando essa primeira seleção for finalizada.  

 

Não tenha medo dos clássicos
Entre os diversos motivos que tornam uma obra um clássico da literatura, talvez o principal deles seja o fato de tratarem de questões universais e atemporais. Por isso, tamanha identificação ao ler um livro escrito há tantos séculos. “As pessoas têm medo dos clássicos por acreditarem que são extremamente difíceis e entediantes”, compartilha Pedro. “A melhor forma de desmistificar essa ideia é começar a lê-los”, garante. Obras consagradas não são sobre um determinado personagem – elas falam sobre o ser humano e sua relação com o mundo. Nelas, conseguimos descobrir mais sobre nós mesmos. 

Tente sair da sua zona de conforto
Toda leitura é válida, mas é importante que a gente saia daquele lugar confortável de ler somente o que nos é conhecido e agradável. Abrir espaço na prateleira para outros gêneros possibilita que enxerguemos sob novas perspectivas. Outra dica é buscar além das listas dos mais vendidos. Procure obras editadas por pequenas editoras, livros escritos por brasileiros, autores que não vivem nos grandes centros, temáticas que não são parte do seu dia a dia. É um bom exercício de se permitir observar  a diversidade, o universo que existe para além da gente, e, assim, construir uma relação mais empática com o todo. 

Abandone um livro sem culpa
Um pouco de insistência é recomendável. Às vezes, a gente demora até se deixar envolver pela história. Mas, se já deu uma ou duas chances ao livro e, mesmo assim, sente que não está fluindo como deveria, não tenha culpa em abandoná-lo e partir para o próximo. “A leitura deve ser prazerosa, não uma obrigação”, afirma Pedro. Há uma infinidade de opções, para que gastar tempo com aquilo que não te faz bem?  

E sempre bom lembrar: qualidade antes de quantidade. Não deixe que isso vire uma competição de quem consegue ler mais. Vá no seu ritmo, respeitando seus interesses, adaptando-se às suas circunstâncias. Se quiser se inspirar, visite nossa biblioteca virtual no Instagram. Basta procurar #bibliotecavidasimples e conferir as indicações de nossos leitores. Ah, e claro compartilhar a sua sugestão também. Boa leitura! 

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