Quais limites suas crenças colocam em sua vida profissional?
Veja como desafiar as crenças limitantes, ganhar clareza e gerar perspectiva para os próximos passos em sua vida profissional.
Todas as crenças limitantes, que parecem indícios confiáveis, fatos incontestáveis sobre a realidade são, na verdade, medo disfarçado. Veja como desafiar esses pensamentos, ganhar clareza e gerar perspectiva para os próximos passos em sua vida profissional.
Quando a gente embatuca na carreira é como se perdesse o passo e o rumo profissional. Faltam até palavras para descrever o que exatamente está incomodando e o porquê da sensação de vazio diante de situações que, em algum momento, foram satisfatórias. Embatucar é deparar com o desconhecido – e isso dá um medo danado!
É bem neste ponto — entre o desejo de seguir em frente e o sentimento de não ter saída —, que as nossas crenças podem complicar um bocado nosso caminho.
As crenças que a gente tem a respeito do que é possível para a nossa mudança de situação vão determinar se a embatucação vai ser sinônimo de pura paralisia ou de uma saudável exploração criativa.
Tinha uma crença no meio do caminho
Crenças limitantes são exatamente isso: pensamentos, ideias e suposições que limitam o nosso movimento (e o progresso que surge a partir dele).
As crenças limitantes não costumam causar problemas até que apareça algum desafio que exija coragem. Geralmente, quando é uma escolha na direção de algo que a gente não conhece e está pedindo da gente tanto uma perspectiva quanto uma atitude diferentes da habitual.
O processo de desembatucar profissionalmente é bem assim. Qualquer mudança de carreira mexe com a nossa noção de identidade e cutuca as nossas crenças sobre o que é possível ser e fazer, se não for aquilo que a gente fez e foi até agora. Parece que a gente está apenas vivendo um período confuso, à procura de uma nova atividade, mas, no fundo, o que está se passando é uma verdadeira batalha mental com a nossa visão da realidade, do que a gente considera como recursos e do que se permite imaginar como possibilidades.
Com quais tipos de crenças você mais se identifica? Costumo ouvir minhas mentoradas citando crenças que têm a ver…
- Com a forma como o mundo está organizado: “é impossível conseguir um emprego na área X se não tiver feito o curso Y”.
- Com o que pensam das outras pessoas: “elas vão dizer que eu estou maluca por querer trocar de área”.
- Com o que pensam sobre si mesmas: “sou uma fraude/ nunca consigo o que eu quero/ meu problema é que sou tímida”.
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Desafie o pensamento com algum movimento
E, com isso, surge a questão: como superar nossas crenças limitantes?
Todas essas crenças, que parecem indícios confiáveis, fatos incontestáveis sobre a realidade, na verdade, são medo disfarçado.
Lembra que embatucar é deparar com o desconhecido? A partir desse entendimento, você pode se propor um jeito de lidar com as crenças que estão reforçando a sua sensação de estar perdida, quando o que você precisa é deixar de ficar parada e começar a se relacionar com a mudança que quer ver acontecer!
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Um exercício para refletir sobre suas crenças
Um bom exercício é colocar no papel as crenças que você está relacionando ao seu momento e às suas necessidades profissionais e se perguntar “qual é o meu medo aqui?”.
Por exemplo, considere a afirmação “meu problema é que sou tímida”. Se você olhar para outra coisa além daquilo que considera um decreto sobre quem você é e observar como está se sentindo, talvez descubra que tem medo de ser rejeitada ou de não ser valorizada.
Com essas reflexões, você pode fazer algo a esse respeito, já que tira o foco do que é externo e parece fora do seu controle e traz para o que está se passando dentro de você – e, portanto, você pode acessar e decidir como usar.
Informação combate limitação
Algumas vezes, o que você vai precisar fazer é só observar, cada vez mais de perto, os seus padrões de pensamentos para identificar quando está entrando na conversa fácil das suas crenças e reforçando sentimentos de angústia e dúvida que embatucam ainda mais.
Em vez de reagir aos primeiros pensamentos, você pode escolher responder com outros pensamentos mais compassivos – para não entrar numa espiral de sentimentos desfavoráveis ao seu movimento.
Outras vezes, você vai precisar entrar em contato com a realidade para, de fato, se conectar com ela, em vez de ficar pensando a respeito do que não é possível para você.
Isso pode acontecer entrando num grupo de estudos sobre um assunto de seu interesse para conhecer pessoas novas, por exemplo. Ou, ao se voluntariar para um projeto que sempre teve vontade de participar, mas nunca se autorizou a investir nele sem saber no que vai dar.
De maneira geral, buscar informação é a melhor solução para desembatucar e sair da posição de vítima das suas crenças limitantes – e dos seus medos.
Qualquer ação e qualquer pessoa que possam ampliar a sua percepção do mundo e suas oportunidades contribuem para que você ganhe clareza e perspectiva para os próximos passos.
Experimente!
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JU DE MARI (@prosa_coaching) é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.
*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.
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