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Minha história de superação no Clube do Porto em três atos
(Foto: Jannes Glas/Unsplash)
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Neste artigo:

1° ato: a ascensão

Um barulho incrível no Estádio do Dragão. Enquanto eu me movia, de forma centra­da, mas enérgica, semblante fechado, olhar perdido por aquele momento mágico, ape­nas pensava: “Mantenha a calma, a equipe precisa de você lúcido em campo!”.

Era julho de 2011 e eu começava no Fu­tebol Clube do Porto, de Portugal. Era o início da minha aventura no Velho Con­tinente. Quando entrei em campo, corria o gramado todo, quase sem respeitar as instruções do treinador. Um rebelde com uma causa: dar meu melhor.

2° ato: a queda

Um barulho incrível vinha de dentro de mim. No momento exato em que eu caí, tinha a certeza de que tinha me lesionado sério. Como se estivesse em câmera lenta, senti o ligamento do joelho se esticando além da conta.

As lágrimas, a saída no car­rinho dos médicos, a tristeza e a pergunta: “Por que comigo? Por que agora?” Era a minha estreia em uma competição euro­peia contra o Manchester City e eu preci­saria de três meses de recuperação.

No meu retorno, não tive a performance das minhas expectativas nem dos torce­dores. Passei a ser muito cobrado e isso só me jogou para baixo. Vivi dias tristes questionando a mim mesmo, meu desem­penho e buscava sempre uma fuga. Procurava algo ‘fora de mim’ para encontrar as justificativas. Até o dia em que pensei: “O que eu quero de verdade?”

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3° ato: a superação

Passei, então, a observar jogadores que já tinham conquistado o patamar que eu bus­cava, e a copiá-los literalmente. Fazer os mesmos trabalhos na academia, cumprir os mesmos horários, me alimentar da mes­ma maneira, treinar como eles treinavam.

Pouco a pouco fui encontrando a melhor maneira para mim. Demorou um tempo, sabe? Mas os resultados vieram.

Foi uma história linda. Quatro anos ves­tindo as cores do Clube do Porto, sendo reconhecido, admirado, e, aos 23 anos, ca­pitão da equipe. Espelhava os valores da­quele clube: trabalho e sacrifício.

Há momentos em que precisamos deci­dir o que queremos fazer para passar para o próximo estágio. Muito do tal sucesso quase sempre está na nossa mudança de atitude, em certas renúncias e na entrega àquilo que queremos de corpo e alma.

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Conteúdo publicado originalmente na edição 272 da revista Vida Simples

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