Minha história de superação no Clube do Porto em três atos
Imprevistos podem nos derrubar ou nos dar a oportunidade de redefinir atitudes e nos dedicar ao que queremos de verdade em busca da superação
1° ato: a ascensão
Um barulho incrível no Estádio do Dragão. Enquanto eu me movia, de forma centrada, mas enérgica, semblante fechado, olhar perdido por aquele momento mágico, apenas pensava: “Mantenha a calma, a equipe precisa de você lúcido em campo!”.
Era julho de 2011 e eu começava no Futebol Clube do Porto, de Portugal. Era o início da minha aventura no Velho Continente. Quando entrei em campo, corria o gramado todo, quase sem respeitar as instruções do treinador. Um rebelde com uma causa: dar meu melhor.
2° ato: a queda
Um barulho incrível vinha de dentro de mim. No momento exato em que eu caí, tinha a certeza de que tinha me lesionado sério. Como se estivesse em câmera lenta, senti o ligamento do joelho se esticando além da conta.
As lágrimas, a saída no carrinho dos médicos, a tristeza e a pergunta: “Por que comigo? Por que agora?” Era a minha estreia em uma competição europeia contra o Manchester City e eu precisaria de três meses de recuperação.
No meu retorno, não tive a performance das minhas expectativas nem dos torcedores. Passei a ser muito cobrado e isso só me jogou para baixo. Vivi dias tristes questionando a mim mesmo, meu desempenho e buscava sempre uma fuga. Procurava algo ‘fora de mim’ para encontrar as justificativas. Até o dia em que pensei: “O que eu quero de verdade?”
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3° ato: a superação
Passei, então, a observar jogadores que já tinham conquistado o patamar que eu buscava, e a copiá-los literalmente. Fazer os mesmos trabalhos na academia, cumprir os mesmos horários, me alimentar da mesma maneira, treinar como eles treinavam.
Pouco a pouco fui encontrando a melhor maneira para mim. Demorou um tempo, sabe? Mas os resultados vieram.
Foi uma história linda. Quatro anos vestindo as cores do Clube do Porto, sendo reconhecido, admirado, e, aos 23 anos, capitão da equipe. Espelhava os valores daquele clube: trabalho e sacrifício.
Há momentos em que precisamos decidir o que queremos fazer para passar para o próximo estágio. Muito do tal sucesso quase sempre está na nossa mudança de atitude, em certas renúncias e na entrega àquilo que queremos de corpo e alma.
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Conteúdo publicado originalmente na edição 272 da revista Vida Simples
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