COMPARTILHE
Como a escuta pode ajudar quem perdeu o trabalho
Siga-nos no Seguir no Google News
Neste artigo:

Escutação especial, projeto da ONG Cruzando Histórias, oferece acolhimento online para pessoas que estão desempregadas e donos de pequenos negócios que sofrem com os impactos causados pelo novo coronavírus

Não foram só certezas, rotinas e confortos que foram abandonados à força em tempos de pandemia. A economia também tem sentido os impactos do mundo todo em quarentena. Pessoas perderam o emprego, empresas fecharam as portas, profissionais autônomos se viram sem fonte alguma de renda de um dia para o outro. 

Se, por um lado, é importante que sigamos as recomendações dos órgãos oficiais de saúde e fiquemos em casa para tentar achatar o máximo possível a curva de transmissão do novo coronavírus, por outro, precisamos cuidar para que essas pessoas não fiquem desamparadas. Foi assim que Bia Diniz, idealizadora da Cruzando Histórias, projeto que, desde 2017, conecta pessoas em busca de emprego valorizando a bagagem de cada um, criou o Escutação Especial, um espaço de escuta e acolhimento online para desempregados e pequenos empreendedores. 

ASSINE A VIDA SIMPLES

“A falta de um emprego, a incerteza de como você colocará comida na mesa e pagará suas contas machuca demais”, diz Bia. “No Brasil, geralmente, assim que o carnaval acaba, um movimento forte de novas contratações tem início. Muita gente estava esperançosa. Com a pandemia, esse sentimento deu lugar ao medo, à ansiedade”, afirma.

Como funciona o Escutação?

O Escutação atua em duas frentes: acolhimento online e psicoterapia breve. No primeiro, durante 50 minutos, um voluntário do projeto se dispõe a ouvir e conversar com a pessoa interessada sobre suas dificuldades, angústias e incômodos. Já a psicoterapia é um conjunto de quatro sessões com um psicólogo que, além da escuta, auxilia o paciente a enxergar caminhos pelos quais seguir diante de um futuro tão carregado de incertezas.

ASSINE A VIDA SIMPLES

As atividades do Escutação começaram no dia 25 de março. De lá para cá, mais de 200 pessoas já foram atendidas. A equipe conta com cerca de 120 voluntários e todos eles recebem treinamento em comunicação não-violenta e escuta empática. “As pessoas só querem poder estar com alguém. E quando me dou conta de que eu sou esse alguém, isso é muito potente”, diz Paulinha, uma das voluntárias do projeto. 

Para mais informações e inscrições, acesse o site da Cruzando Histórias.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário