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Preconceito, eu?
Ehimetalor Akhere Unuabona
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Perca toda a esperança, ó leitor que entra neste texto: o convite é para chafurdar num pântano. Um pântano chamado preconceito. Não arregue, por favor. Para começar, não tenha preconceito de discutir o preconceito. Pergunte ao melhor amigo, seu amor, sua mãe: “Preconceituoso, eu?” Ninguém admite. Na nossa sociedade multicultural, relativista – e, especialmente a brasileira, de conflitos cordializados –, não pega nada bem a ideia de uma prevenção contra pessoas, ou grupo de pessoas, somente por causa de uma característica de nação, gênero, raça, religião, aparência ou preferência sexual, intelectual, esportiva ou fashionista (ok, admito que olho feio quem usa Crocs). 

Como paraguaio importado para São Paulo desde cedo, vivo há tempos debaixo de uma Ponte da Amizade virtual. Meu nome é um sobrenome ibérico como tantos, mas, escrito, carrega um inalienável sotaque paraguaio. Ao apresentar meu passaporte, sempre sou visto por aqui com um deboche fofo, com o compassivo desdém com que se mira um extinto pássaro dodô. Se “woman is the nigger of the world” (“a mulher é o crioulo do mundo”) como cantava John Lennon, o paraguaio é o cocô do cavalo do bandido da América do Sul. 

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