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    Cuidados essenciais para animais de estimação viverem mais e melhor
    Longevidade para animais de estimação. Unsplash/ Krista Mangulsone
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    Você se considera “mãe” ou “pai” de pet? Essa expressão é o retrato de uma tendência em crescimento na relação das pessoas com animais de estimação, que são cada vez mais considerados como membros da família. Com esse comportamento, vem também o desejo de proporcionar uma vida boa, saudável e longa para o “filho” peludo.

    Preocupações que antes não existiam, passam agora ao centro das atenções. As pessoas consideram cada vez mais a alimentação, os estímulos e a adaptação de suas casas na criação de animais de estimação.

    Existe uma demanda crescente que demonstra a força dessa tendência, tais como o surgimento de serviços como creches, hospedagem e planos de saúde específicos para pets.

    A questão da longevidade para animais de estimação

    A medicina veterinária tem avançado muito nos cuidados e tratamentos que se podem oferecer aos animais de estimação. Suplementos nutricionais, articulares e dermatológicos, por exemplo, já estão disponíveis no mercado. Eles são usados para melhorar a locomoção, o sistema imunológico e respiratório, além de minimizar problemas de pele que animais idosos apresentam.

    Luzia Natthalia lembra também que os remédios sozinhos não contribuem para o aumento da longevidade. “Atrelado a isso, [é importante ter] uma rotina de exercícios físicos, como caminhada, corrida ou natação e enriquecimento ambiental, que trabalha atividade cerebral, minimizando a ocorrência da disfunção cognitiva e socialização com outros animais.”

    Entretanto, conforme os animais vão ficando idosos, doenças podem aparecer. O que os tutores podem fazer, nesse caso, é buscar tratamento. A advogada Gabriela Salvático Andrade Lima, de 26 anos, vive isso com o cachorro da sua família, o poodle de 16 anos, Toddy. “Eu fico super triste de saber que ele [Toddy] já está doentinho e toma remédio”, conta sobre o cachorro que teve convulsões focais, que ocorrem apenas em uma região do cérebro.

    “A gente tenta fazer com que ele leve uma vida boa. E enquanto ele puder, vamos dar os remédios, cuidar, levar no veterinário e tratar. A gente sabe que eles tem uma vida mais curta, mas a gente tenta ao máximo fazer com que ela seja incrível.”

    O que significa ser “mãe” ou “pai” de pet?

    O conceito de “mãe” ou “pai” de pet toca no tratamento que os animais recebem e muitos acreditam que essa denominação tem a ver com decisão de não ter filhos. Entretanto, quem se considera “mãe” ou “pai” de pet não vê escolhas dessa forma, considerando que as dinâmicas são diferentes.

    “Eu não vejo uma humanização do cachorro. O que eu vejo é que as pessoas começaram a tratar o cachorro da maneira como ele tem que ser tratado, de forma digna”, essa é a posição Mirela Zuchetto Massinatore, jornalista de 26 anos, tutora da vira-lata Lolla Maria. Mirela se considera mãe de pet, mas encara a denominação como uma brincadeira.

    Ela conta, além disso, que os cuidados com os pets não está relacionado com a substituição de filhos por animais de estimação. “Quem não quer ter filhos, não vai ter filhos. Quem quer um cachorro, vai ter. Um não anula o outro. Mas isso não elimina tudo que eu posso fazer pelo meu cachorro”, explica. “A Lolla está comigo todos os dias e eu vou prover tudo que eu puder para ela, da melhor maneira possível”, afirma.

    Gabriela Salvático, que também se considera mãe da Nala, compartilha de uma posição parecida. “Eu levo isso de mãe de pet muito como uma brincadeira. Mas a gente sabe que existe uma diferença muito grande entre ter um filho humano e um cachorrinho”, explica. “Ambos demandam muita responsabilidade, muito cuidado, muita atenção, mas existem diferenças. Criar um humano é muito mais desafiador do que um cachorrinho”, conclui.

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    Nossos amigos peludos vivem menos que os humanos. Isso é um fato doloroso, mas que faz parte do ciclo de vida de todos e que não podemos mudar. O que podemos tentar fazer é proporcionar bons anos para que eles vivam mais e melhor.

    “O mais básico é pôr em prática os cuidados básicos. Vacinação e vermifugação em dia, proteção através da coleira ou produto tópico para repelir mosquito transmissor do calazar, alimentação de qualidade, e primordialmente fazer check-up semestral ou anual a fim de diagnosticar possíveis doenças de forma precoce”. Quem explica isso é Luzia Natthalia, veterinária e proprietária do hotel e creche CãoVillage.

    Os cuidados preventivos podem variar conforme a fase de vida do animalzinho.

    • No período neonatal, logo que nascem, os pets podem enfrentar hipoglicemia, hipotermia e desidratação e por isso é necessário o acompanhamento profissional.
    • Ainda filhotes, eles estão mais vulneráveis a contrair doenças infectocontagiosas, como cinomose e parvovirose e, por isso, vacinação e vermifugação são cuidados fundamentais.
    • A puberdade dos animais é um momento que exige a atenção, especialmente, no caso das fêmeas. Isso porque quando atingem a maturidade sexual e tem o primeiro ciclo estral (o famoso “cio”), podem contrair doenças relacionadas aos órgãos reprodutivos como piometra ou cistos ovarianos.
    • Já na fase adulta, a probabilidade de desenvolver doenças infectocontagiosas é menor, desde que a vacinação do filhote tenha sido feita de forma correta. Assim, é preciso apenas se atentar às doses de reforços anuais.
    • No caso dos animais idosos, é necessário atenção, pois nessa fase há perda nos sentidos do olfato, visão e audição. Doenças sistêmicas também podem aparecer nas articulações, coração, sistema respiratório e relacionadas ao sistema nervoso.

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