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Socióloga trabalha para a conscientização da sociedade sobre a leitura
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É empenhada nesta causa e no estímulo à abertura de bibliotecas que a socióloga Christine Fontelles atua, como diretora de cultura e educação do Instituto Ecofuturo e coordenadora da campanha Eu Quero Minha Biblioteca. Assim, criamos a fonte de sabedoria necessária para compreender o tempo em que vivemos.

> O que é ter uma “dieta equilibrada de livros”?
Nosso cardápio de leituras precisa ser variado. Porque se você lê apenas um mesmo gênero ou autor, não sai do lugar. Afinal, é a mesma estrutura de texto, mesma visão de mundo. Por isso defendo a importância de variar gêneros literários, autores e estilos diferentes. Em qualquer parte do mundo vivemos tensões que são similares, e a leitura nos faz sentir que pertencemos a uma humanidade comum. Quem tem uma dieta de livros equilibrada ganha mais capacidade de reflexão e argumentação e, principalmente, uma percepção de mundo muito mais sofisticada.

> O que é uma leitura com qualidade?
É a leitura em que há troca. Quantidade não é qualidade; a pessoa pode ter lido 200 livros no ano, mas o que ficou? Quais interações foram feitas? É importante se apropriar dessas leituras, trocar ideias. Assim, exponho a minha leitura e o outro, a dele. Se eu leio sem dedicação, o resultado  não amplia meu repertório.

> Como convencer de que a leitura é importante?
É desafiador, porque a sociedade preconiza a falta de tempo, o consumo rápido, o resultado imediato. E sentar com um livro vai contra isso. Precisa de tempo, concentração, não traz nenhum benefício financeiro. Mas ler é a base para compreender o mundo, para saber física, história e todas as disciplinas. Não é um entretenimento fácil; requer esforço e disciplina. Por isso, essa atividade precisa de atenção o tempo todo. A vida pede sensibilidade para conviver entre diversas culturas na globalização. E a leitura nos dá esse entendimento.

> E qual o papel da biblioteca?
Ela democratiza o acesso aos títulos, além de ser o ambiente essencial para desenvolver esse hábito. Existe um marco legal que dá respaldo para a criação das bibliotecas. Aí, a sociedade tem que se engajar, procurar o vereador, os representantes e pedir que incluam recursos para este fim. O ganho é de todos.

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