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    Por que vale a pena se reconectar com seus antigos hobbies
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    As paixões e hobbies são estímulos que surgem na infância e muitas das descobertas ocorrem ainda durante esse período ou na adolescência. É o tempo de testar novas ideias, descobrir interesses e construir uma personalidade. Embora isso não seja uma regra, as demandas da vida adulta (cuidados com a casa, trabalho, filhos, entre outras coisas) acabam por podar parte do tempo dedicado a praticar nossos gostos e interesses. Por outro lado, adotar estratégias para tornar a vida mais dinâmica pode despertar sentimentos e sensações benéficas à autoestima e satisfação com a vida.

    Para Rodrigo de Aquino, especialista em felicidade, bem-estar e Psicologia Positiva, buscar práticas que possam integrar o corpo com o ambiente pode contribuir para despertar memórias e interesses. “A brincadeira pode trazer recordações que ficaram adormecidas no indivíduo”, explica.

    Segundo o especialista, tudo o que está ligado aos hobbies contribuem para a sensação de flow, que nada mais é aquele sentimento de “perder” a noção de tempo. A atividade é tão prazerosa e benéfica que há uma atenção plena.

    Como resgatar hobbies e paixões antigas?

    Na vida adulta, é muito possível que alguns interesses, gostos, paixões e hobbies sejam quase soterrados pelo trabalho, tarefas domésticas e outras obrigações. Mas não é impossível resgatá-los. “Isso envolve alguns esforços e atenção voltada a agendar tempo específico para fazer algo que traga prazer”, destaca Helen Mavichian, psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento.

    Segundo a especialista, alguns caminhos são fundamentais para buscar essa reconexão com mais eficiência:

    1. Estabeleça limites nas obrigações para que exista qualidade no tempo de lazer;
    2. Explore gradualmente os seus gostos;
    3. Integre hobbies e atividades prazerosas na rotina;
    4. Procure se conhecer constantemente;
    5. Compartilhe com as pessoas amadas momentos gratificantes;
    6. Defina metas alcançáveis no dia a dia;
    7. Aprenda continuamente a ser compreensivo consigo mesmo;
    8. Equilibre as responsabilidades e interesses para estimular seu propósito.

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    Muitas pessoas têm receio ou até mesmo medo de tentar algo novo. “Não sei dançar e se fizer uma aula as pessoas irão rir de mim” ou “quero aprender um novo idioma, mas tenho dificuldades. Serei o pior aluno”. Parece que já começamos algo com os dois pés atrás. “Começar algo novo pode ser muito prazeroso, e para superar o medo, mude sua perspectiva para entender que todos começam como iniciantes. Sempre tem alguém fazendo algo pela primeira vez”, explica, Helen Mavichian.

    A psicóloga defende ainda que é importante visualizar a imperfeição como parte do aprendizado. Além disso, é necessário desafiar os pensamentos negativos e entender que eles não devem orientar os seus passos. “Defina expectativas realistas, dê um passo por vez sempre lembrando que o processo de aprender algo novo é gradual e concentre-se no progresso, não no resultado final”, destaca.

    Para Rodrigo de Aquino, é importante enxergar a vida como uma caminhada que é pouco ou nada linear. Há curvas, retornos, períodos com grande inclinação e outros de descida. Viver é se aventurar em uma estrada prazerosa, mas cheia de surpresas. “É um processo contínuo de aprendizado e evolução. Em uma redescoberta é possível, inclusive, reviver emoções positivas do momento pré-perda e ressignificar algumas dores no meio de um processo”, destaca. 

    O especialista afirma que é fundamental testar e aprender novas coisas, mesmo que elas não deem tão certo no futuro. Isso porque, ao estimular novas atividades, o cérebro desenvolve conexões e sinapses que antes não existiam, estimulando as atividades mentais.  “Todo momento é momento para se conectar com aquilo que é significativo e faz parte do nosso propósito”, afirma. 

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    Life long learning

    O termo é em inglês, mas seu significado é bastante simples e intuitivo. O conceito é famoso e utilizado para descrever uma necessidade de aprendizagem contínua ao longo da vida. Isso ajuda  a compreender porque é tão importante aprender e se aventurar em novas atividades. Se inscrever em uma aula de dança, fazer a matrícula em um curso de alemão ou aprender cerâmica pode ser bem mais positivo para o cérebro do costuma-se acreditar.

    Isso está baseado nesse olhar generoso, compassivo e empático para a vida em que a gente consegue abraçar as nossas fragilidades e aprende a ouvir amorosamente os talentos e forças que ficaram escondidas”, explica Rodrigo de Aquino. 

    Para Helen Mavichian, algumas atividades podem contribuir para elevar a consciência e conexão com o propósito de vida de cada um:

    1. Diálogo saudável com pessoas de confiança;
    2. Experiência de voluntariado ou trabalho social;
    3. Aprender uma nova atividade de lazer.

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