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    Conheça cinco nomes do ativismo ambiental para você se inspirar
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    O ativismo ambiental vai além de gostar da natureza. As mudanças climáticas, a defesa de territórios, direitos dos animais e a busca por possibilidades de menos impacto ambiental e de reparação estão envolvidos nessa causa.

    No Brasil, o ativismo ambiental é um assunto delicado, uma vez que o país é um lugar perigoso para as pessoas que se dedicam a essa luta. No ano de 2022, por exemplo, 34 ativistas ambientais morreram, segundo levantamento da ONG Global Witness em solo brasileiro. O resultado coloca o Brasil no 2° lugar do ranking de países mais letais para ambientalistas, atrás apenas da Colômbia.

    A história de violência no contexto do ativismo ambiental não é recente. Umas das mortes mais marcantes para a história do Brasil nessa área é a de Dorothy Stang. A irmã Dorothy, como ficou conhecida, foi assassinada em 2005 por um fazendeiro. A motivação do crime foi a atuação da missionária na região de Anapu, Pará. Dorothy defendia a distribuição de terras públicas e trabalhava com pequenos agricultores em projetos de reflorestamento e na resolução de conflitos de terra.

    Mesmo com os desafios, muitos nomes continuam na defesa do meio ambiente e divulgam em suas redes sociais informações sobre seu trabalho. Listamos, a seguir, cinco personalidades que têm destaque no ativismo ambiental no Brasil para você acompanhar e se inspirar.

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    Namastê Messerschmidt

    Namastê trabalha como educador agroflorestal, tendo atuado em todos os biomas brasileiros e com trabalhos no mundo todo.

    A prática da agrofloresta é uma forma de usar o solo de modo a integrar plantas da floresta e espécies usadas para a alimentação. Além disso, ela é benéfica por fazer a recuperação vegetal e dos solos das regiões.

    Em suas redes, Namastê expõe seu trabalho e mais informações sobre a técnica de agrofloresta.

    Alice Pataxó

    Alice da aldeia Craveiro, na Terra Indígena Barra Velha, localizada na Bahia. Ela tem uma atuação nas redes sociais como ativista e comunicadora indígena. Suas publicações tem conteúdo educacional e cultural.

    Além disso, a jovem foi uma das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2022. Ela é também uma das baixadora da ONG WWF.

    A baiana já participou de eventos como a COP 26 (Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, onde denunciou violações ao meio ambiente e aos direitos indígenas.

    Alessandra Korap

    Alessandra é um dos principais nomes da liderança ambiental do povo munduruku. Ela começou no ativismo entre os anos 2014 e 2015, após se deparar com a destruição da floresta e do rio, próximos a onde ela morava, na bacia do rio Tapajós, no Pará.

    A degradação desse ambiente começou depois que grandes empresas chegaram na região para realizar exploração do território. Como a região não era demarcada, estava mais vulnerável a esse tipo de atuação.

    Pela atuação na luta ambiental, Alessandra recebeu, em 2023, o Prêmio Goldman, considerado o “Nobel verde”. A premiação presta homenagem às pessoas que participam da causa ambiental da preservação de recursos naturais.

    Samela Sateré Mawé

    A história de Samela com o ativismo começa com a sua avó, Zenilda Sateré, que atuava na defesa dos direitos das mulheres indígenas.

    Na faculdade, a jovem integrou o Movimento de Estudantes Indígenas do Amazonas e durante a pandemia, começou a atuar nas redes sociais como porta-voz para divulgar as máscaras feitas pela sua comunidade. Além disso, ela também falava sobre as dificuldades e pressões que o povo Sateré Mawé estava sofrendo.

    Ainda na pandemia, Samela começou a atuar como uma ativista do clima após convite para integrar o Fridays For Future Brasil. Para ela, “A pauta ambiental não se dissocia da pauta indígena, porque os territórios indígenas são os que mais preservam a biodiversidade, a flora, a fauna”.

    Além disso, ela percebe a necessidade de unir conhecimento tradicional e o científico para compreender e trazer soluções para as mudanças climáticas.

    Amanda Costa

    Amanda começou no ativismo ambiental aos 18 anos e aos 20 criou o Instituto Perifa Sustentável, na Brasilândia, bairro da Zona Norte de São Paulo.

    Entre as ações do projeto estão atividades voltadas para a agenda de desenvolvimento e racismo ambiental. Amanda tem como proposta tornar a pauta da crise climática mais acessível para todos, o que inclui levar esse debate para áreas da periferia, por exemplo.

    Então, na Conferência de Mudanças climáticas do Egito, em 2022, a jovem denunciou essa questão e defendeu a necessidade de ampliar o debate sobre o meio ambiente para todas as pessoas e esferas da sociedade.

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