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    Mulheres abaixo de 50 anos com enxaqueca têm mais chance de sofrer AVC
    Kateryna Onyshchuk / iStock
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    mulheres são maioria no mundo quando o assunto é enxaqueca. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população feminina do planeta tem a doença, que pode ter causa hereditária e se caracteriza por uma hiperexcitabilidade cerebral e tem como sintoma mais conhecido fortes crises de dor de cabeça.

    Como se não bastasse a incapacidade que a enxaqueca causa, pesquisas científicas recentes trazem um dado alarmante: mulheres com enxaqueca abaixo dos 50 anos de idade têm risco aumentado em torno de 50% para o AVC ou Acidente Vascular Cerebral.

    O AVC acontece quando vasos que transportam o sangue ao cérebro são obstruídos (AVC isquêmico) ou se rompem (AVC hemorrágico), provocando morte das células nervosas na região cerebral que ficou sem a circulação sanguínea. Essa é a principal causa de inabilidade física e mental, internações e mortes.

    Anticoncepcional: um grande vilão para quem sofre de enxaqueca

    Nos estudos recentes, um grande vilão das mulheres que sofrem de enxaqueca, e já bastante conhecido, voltou aos holofotes: a pílula anticoncepcional de hormônios combinados – estrogênio + progesterona, uma verdadeira “bomba” que aumenta o risco para AVC em 15 vezes.

    Pois é na faixa etária abaixo dos 50 anos, ainda em idade fértil, que a mulher sofre com crises mais fortes de enxaqueca, coincidindo com o período em que muitas também fazem o uso do contraceptivo, grande parte com hormônios combinados.

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    E não para por aí: se a enxaqueca for com “aura”, com sintomas neurológicos positivos como flashes, pontos luminosos, embaçamento visual ou mesmo perdas momentâneas de audição ou olfato e formigamentos, o risco para o AVC é dobrado. É importante ressaltar às pacientes que, mesmo com o sumiço do sintoma, a condição para o AVC se mantém.

    O quadro pode piorar se a mulher tem enxaqueca, faz uso da pílula com hormônios combinados e ainda é fumante. Para elas, as chances de sofrer um AVC é 30 vezes superior. Os dados sobre a relação entre enxaqueca e AVCs foram apresentados no International Headache Congress (IHC), que reuniu cientistas e estudiosos sobre o assunto na Coreia do Sul, no último mês de setembro, e acenderam um alerta importante que precisa ser considerado urgentemente por todos os médicos que atendem essas mulheres, dos ginecologistas aos neurologistas especialistas no tratamento das dores de cabeça e da enxaqueca.

    Busca por qualidade de vida

    A enxaqueca é uma doença crônica do cérebro que acompanha as mulheres desde o nascimento até o fim da vida. A boa notícia é que é possível controlar as terríveis dores de cabeça e ter mais bem-estar com tratamento integrado que envolva profissionais de várias especialidades atentos a todas as variáveis dessa doença tão complexa.

    Ter acesso ao atendimento multiprofissional é muito importante porque, por exemplo, o acompanhamento com o ginecologista especialista vai orientá-la a fazer uso do método contraceptivo mais seguro a fim de não agravar ainda mais os sintomas da enxaqueca ou trazer outras complicações.

    Deixar o vício do tabagismo também não é tarefa fácil, assim como a desintoxicação do organismo por longos períodos utilizando remédios por conta própria e até mesmo da cafeína, que proporcionam ao cérebro a sensação de alívio, mas não tratam a doença.

    Voltar o olhar para o paciente com enxaqueca, com mais atenção e cuidado, de forma personalizada e especializada, é a chave para oferecer a ele mais qualidade de vida.

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    Thaís Villa (CRM 110217) é idealizadora do Headache Center Brasil, clínica multiprofissional pioneira e única no país no diagnóstico e tratamento integrado das dores de cabeça e da enxaqueca. Neurologista e Neuropediatra, com Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia (UCLA) nos Estados Unidos. Professora de Neurologia e Chefe do Setor de Cefaleias na UNIFESP (2015 a 2022). Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia, da Sociedade Brasileira de Cefaleia e do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society. Atua exclusivamente na pesquisa e atendimento de pacientes com dor de cabeça, no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, enxaqueca crônica, cefaleia em salvas e outras cefaleias em adultos e crianças. Palestrante convidada em congressos nacionais e internacionais.

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