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Não durma no ponto: priorize a qualidade do seu sono
(Foto: Shane/Unsplash) Permita ao seu corpo descansar
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De repente você se acostuma a acordar cansado, mesmo após uma noite de sono considerada normal. Só que preguiça, dores de cabeça, mau humor e cansaço depois de despertar, na verdade, são sinais de que há algo errado com a sua qualidade do sono.

Então é necessário estar de olhos bem abertos a esses sinais, uma vez que o sono de boa qualidade é fundamental para reduzir o estresse, melhorar o humor, aumentar a capacidade de foco e prevenir doenças cardiovasculares. Garantir um descanso reparador é uma necessidade biológica para manter uma vida saudável.

“Durante o sono acontecem as principais funções restauradoras do organismo, entre elas a consolidação de memórias e aprendizados, regulação hormonal e do apetite, metabolização de toxinas acumuladas durante o dia e síntese de proteínas. Sendo assim, dormir um sono de má qualidade é prejudicial para o desempenho intelectual, humor, memória, capacidade de concentração, imaginação, criatividade e tomada de decisão”, explica a psiquiatra Rafaela Silva, gerente médica da Lundbeck Brasil.

É comum ouvir que, para adultos, são necessárias 8 horas diárias de sono. No entanto, a quantidade varia de pessoa para pessoa. Enquanto algumas se sentem bem dormindo 6 horas, outras precisam de até 10 para garantir o descanso completo. Em média, a recomendação para adultos é de 7 a 9 horas por noite.

“Uma boa qualidade do sono depende de um repouso contínuo, profundo, com duração adequada, tranquilo e sem fragmentações, o que permitirá um descanso restaurador”, destaca a médica. 

A coisa é tão séria que no dia 14 de março foi instituído como o Dia Mundial do Sono, data que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da qualidade do sono. Em 2025, a data tem como tema: “Faça da saúde do sono uma prioridade“.

Impactos do sono no dia a dia

Segundo Rafaela, a sobrecarga de atividades, frustrações com a vida rotineira, conflitos pessoais e preocupações financeiras, só para citar algumas coisas, podem dificultar o ajuste do sono ideal. Além disso, a exposição prolongada às telas, o excesso de informações e a pressão por produtividade encurtam o tempo de descanso e interferem negativamente no sono.

Para a nossa cabeça, a privação do sono pode resultar em dificuldades de concentração, alterações no humor, prejuízos na memória e queda no desempenho intelectual. Para o organismo, “há evidências experimentais que a restrição crônica do sono reduz a resposta imunológica às vacinas, prejudica a regulação do apetite e o controle da glicose no sangue, além de alterações no humor e na cognição”, cita a psiquiatra.

Como melhorar a qualidade do sono?

Muitas pessoas sofrem com dificuldades para dormir ou manter o sono durante a noite. Queixas frequentes incluem cansaço excessivo, sonolência diurna, ronco, dor de cabeça ao acordar, ranger de dentes e dificuldades de concentração. Esses sintomas podem indicar distúrbios do sono e é essencial buscar ajuda especializada.

Rafaela explica que, mesmo para quem não tem um diagnóstico específico de distúrbio do sono, algumas medidas podem contribuir para melhorar a qualidade do descanso. Adotar hábitos saudáveis e praticar a chamada higiene do sono pode ser um grande diferencial. Aqui estão algumas recomendações:

  • Manter horários regulares para dormir e acordar;
  • Deixar o quarto escuro, climatizado e silencioso;
  • Evitar permanecer na cama se não estiver com sono; 
  • Expor-se à luz solar pela manhã;
  • Reduzir o uso de telas eletrônicas 1 a 2 horas antes de dormir;
  • Evitar cochilos prolongados durante o dia;
  • Evitar refeições pesadas, álcool e tabaco antes de dormir.

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