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    Como as terapias integrativas podem aliviar a enxaqueca
    (FOTO: UNSPLASH) A enxaqueca não é uma dor de cabeça forte, mas um quadro neurológico mais amplo e que pode ser amenizado com terapias integrativas
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    Para quem vive com enxaqueca, cada crise pode significar horas ou até dias de isolamento, sensibilidade intensa, cansaço e frustração. É como se o corpo pedisse silêncio, pausa e acolhimento, enquanto o mundo lá fora segue em movimento. Diante dessa experiência tão desafiadora, muitos têm buscado caminhos que vão além de remédios e exames, em busca de um cuidado mais gentil, que considere não só o alívio dos sintomas, mas o bem-estar integral.

    As terapias integrativas e complementares surgem justamente como um convite: e se a cura também estiver no reencontro com o próprio ritmo, no resgate da escuta do corpo, no equilíbrio entre mente, emoção e ambiente? De práticas como acupuntura e ioga à meditação e massoterapia, esses recursos ganham espaço por sua abordagem capaz de cuidar da dor sem ignorar quem a sente. Afinal, viver com enxaqueca não precisa ser só suportar, mas um convite para encontrar intervalos de descanso entre as crises, o que mostra uma conquista admirável.

    Quando o alívio vem de outras maneiras 

    Durante muito tempo, as terapias “alternativas” foram assim chamadas porque não faziam parte da medicina convencional. Hoje, esse termo dá lugar a uma visão mais moderna e inclusiva: a das “práticas integrativas e complementares”. Em vez de substituir o tratamento médico, essas práticas somam forças com ele.

    “A prática integrativa busca a causa do problema, com foco no indivíduo, não na doença”, explica o médico e psicólogo Roberto Debski, especialista em medicina integrativa. “É comum que pacientes com enxaqueca façam uso contínuo de remédios e, ainda assim, continuem com dor. Isso acontece porque o tratamento não considera outros fatores importantes, como alimentação, sono, estresse”.

    O que pode ajudar no cuidado com a enxaqueca?

    Dentre as práticas mais utilizadas para o alívio e prevenção das crises de enxaqueca, Roberto destaca algumas:

    • Acupuntura: reconhecida como especialidade médica no Brasil, a prática age sobre o sistema nervoso, estimulando pontos específicos que promovem relaxamento, melhoram a circulação, a imunidade e reduzem a dor. No caso da enxaqueca, atua tanto de forma preventiva quanto no controle das crises, com bons resultados observados em consultórios;
    • Meditação: praticar a presença pode ser um poderoso remédio. Técnicas de meditação, especialmente o mindfulness, ajudam a reduzir o estresse, um dos gatilhos mais comuns da enxaqueca. Quando meditamos com regularidade, o corpo reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse), melhora a regulação emocional e fortalece a resiliência frente aos desafios;
    • Yoga: além de melhorar a postura e fortalecer o corpo, o yoga equilibra o sistema nervoso e regula o ritmo cardíaco e respiratório. As posturas e respirações conduzem o praticante a um estado de maior autoconsciência e calma, fatores que, por si só, já são preventivos contra as dores de cabeça tensionais e as crises de enxaqueca;
    • Constelação familiar: embora pareça distante da dor física, a constelação familiar oferece um olhar terapêutico para os vínculos e padrões emocionais herdados. Muitas vezes, dores crônicas encontram raízes em conflitos não resolvidos. Essa prática propõe uma reconciliação simbólica com a própria história e pode aliviar tensões emocionais que repercutem no corpo.

    Assim como não há uma única causa para a enxaqueca, também não existe uma única solução. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra — por isso, é importante um olhar individualizado. Há quem encontre alívio na aromaterapia, na fitoterapia, no reiki, massoterapia ou na meditação guiada. O segredo está na escuta atenta ao próprio corpo e na busca por profissionais qualificados, que possam orientar esse caminho de forma segura.

    Alimentação e estilo de vida também fazem parte

    Uma alimentação equilibrada, rica em alimentos naturais, hidratação adequada, sono de qualidade e momentos de descanso são indispensáveis para ter uma boa qualidade de vida. Alimentos ultraprocessados, excesso de cafeína, hipersensibilidade a cheiros e luz ou longos períodos de jejum podem ser gatilhos para a dor. Da mesma forma, o estresse emocional pode disparar crises e torná-las mais intensas e frequentes.

    “Já acompanhei muitos casos em que só o ajuste alimentar — sem qualquer medicação — foi suficiente para cessar as crises”, conta Roberto. “Mas o que mais vejo é a somatória de mudanças pequenas e significativas no estilo de vida: dormir melhor, se alimentar bem, reduzir o estresse e encontrar equilíbrio emocional”.

    Um grande desafio na alimentação nos tempos de hoje é que somos estimulados a consumir alimentos prontos, processados, refinados, congelados, por diversas razões, geralmente pela correria do dia a dia. “Nossa alimentação deve ser a mais natural possível, com frutas, legumes e verduras, carnes magras, grãos integrais. É muito importante evitar produtos e alimentos processados e refinados, excesso de proteína animal e carnes gordurosas, refrigerantes, álcool, carboidratos refinados, e claro, manter-se hidratado é fundamental.”

    Um passo de cada vez para melhorar a enxaqueca

    Se você vive com enxaqueca e sente vontade de experimentar um caminho mais natural e integrativo, comece devagar. “Converse com o seu médico. Busque profissionais habilitados e experientes. A medicina integrativa não exclui os tratamentos convencionais, ela os amplia, oferecendo recursos para tratar não só a dor, mas também quem sente a dor”, detalha.

    Busque seguir uma vida mais saudável e ativa, o que inclui sono reparador, alimentação natural, atividade física regular, cuidar e gerenciar a saúde mental e emocional, reduzir os fatores geradores de estresse e ansiedade, trabalhar para aumentar a resiliência emocional, harmonizar os relacionamentos interpessoais, investir no contato com a  natureza e priorizar uma vida pessoal e profissional com propósito e sentido”, finaliza.

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