COMPARTILHE
SAN ANDRÉS: o paraíso colombiano
Siga-nos no Seguir no Google News
Neste artigo:

A pequena ilha  de San Andrés fica a cerca de 720 km da costa da Colômbia, em pleno mar do Caribe e é famosa pelas águas cristalinas e pelas praias de areia branca e repletas de coqueiros

Um detalhe curioso é que San Andrés está mais próxima da Nicarágua e da Costa Rica do que da Colômbia. O povo local, descendente de corsários e ingleses, mantém uma cultura própria e boa parte deles domina melhor o inglês que o espanhol, sem falar do creole, a língua franca, que mistura inglês e francês.

Uma dica já na viagem de ida: se a sua conexão for via Bogotá, leve um casaco quentinho, a cidade é bem fria, mesmo no verão. Não fomos preparados e passamos um frio enorme no aeroporto.

ONDE FICAR

São muitas as opções. Passamos 10 dias em San Andrés e para nós que amamos praia foi ótimo. Os cinco primeiros dias ficamos em uma pousada simples, mas muito boa, a Villa San Miguel. Saíamos de manhã para fazer os passeios e só voltávamos para dormir.

Chegamos na ilha por volta das duas horas da manhã e uma das proprietárias nos recebeu com todo o carinho. Elas adoram brasileiros!

Nos outros cinco dias ficamos hospedados no hotel Decameron Isleño, o maior hotel da única rede de hotéis da ilha, o Decameron. Além de ser muito agradável, de frente para o mar e com pensão completa, este é o único hotel que dá acesso livre aos demais. Isso é muito legal porque você pode usar as dependências das outras unidades.

Só não se espante quando for em jantares em um dos outros hotéis, o pessoal da ilha não tem o mesmo costume que nós temos, de ficar horas na mesa. Para eles é comer e ir embora! Mas dá pra dar uma enroladinha.

Outro detalhe do hotel são as bebidas alcóolicas. Tudo é servido em copos de papel (por conta da piscina) inclusive a cerveja. Os drinks são todos à base de xaropes, até o açúcar é xarope, então eles não são tão bons quantos os nossos. Caso optem por vinho é preciso comprar. Mas o hotel permite também que comprem bebidas nos mercadinhos e levem para o quarto.

Nos dois locais que ficamos hospedados havia chuveiro com água quente e doce, porém essa não é a realidade de toda a ilha. Caso optem por outros locais é sempre legal perguntar se há estes “benefícios”.

Nossas hospedagens foram todas no centro da cidade. Há várias acomodações em outras partes da ilha, mas não achamos muito confortáveis, pois é necessário alugar um carrinho para o deslocamento e isso ficava um pouco caro. O centrinho traz pequenas atrações noturnas no calçadão, o que o torna bem agradável.

Não é necessário andar com o passaporte pela ilha, a carteira de habilitação brasileira (CNH) basta. Inclusive é o documento pedido caso alugue um veículo para dar volta na ilha.

Se a sua hospedagem não oferecer café da manhã, sugiro comprar mantimentos num mercadinho, os locais que vendem café abrem às 10 horas, só encontramos o Juan Valdéz aberto antes.

Juan Valdez é um café muito popular, mas a cafeteria mesmo não é tão boa assim, fica no centrinho da cidade e os preços são relativamente altos.

O atendimento, no geral, é devagar e as pessoas pouco amistosas. Acho que é normal, o povo por lá é assim, mais literal. Eles só atendem uma pessoa por vez.

O drink alcoólico da ilha é o Coco Loco e a dica é: prove, só pela experiência Nossa caipirinha é bem melhor. O drink sem álcool, Limonada de Coco, é maravilhoso! Tomei todos os dias e recomendo.

SAN ANDRÉS

ONDE COMER

Uma ótima pedida é o restaurante La Regatta. Vale muito a ida, o lugar é bonito e a comida boa. Não é tão caro, o jantar para duas pessoas saiu por 250cops com garrafa de vinho. Dica: reserve assim que chegar na ilha e de preferência às 19 horas, assim você fica tranquilo jantando. Mais tarde enche muito e eles fazem aquele esquema de restaurante em Dia dos Namorados.

O restaurante Casa Blanca é ótimo e lindo. Comida, atendimento, ambiente, tudo muito bom. Fica anexo ao hotel que leva o mesmo nome e é de frente para a orla. Algumas pessoas não entram nele com medo de ser muito caro, mas não é. Tem um menu tailandês maravilhoso.

Se você estiver pelo centrinho na hora do almoço, o restaurante Peru Wok é perfeito. As porções são muito bem servidas e o ceviche é uma delícia! E a vista também: os fundos do restaurante ficam de frente para o mar.

Coma sempre Fruta Pan! Parece uma mandioca frita, mas mais sequinha, maravilhosa!

Para passear pelo centrinho, alugamos um mule, que parece carrinho de golfe, mas é mais “potente”,  por 120cops incluindo o combustível, mas a dica de ouro: carregue sempre uma pedra para quando estacionar, colocar na roda. O freio de mão geralmente não funciona bem.

Ums curiosidade é que a maioria dos veículos na cidade não tem retrovisor, mas, incrivelmente, turistas e locais se viram muito bem no transito maluco.

SAN ANDRÉS

ONDE IR

La Piscinita é lindo! Lugar para ficar horas nadando E paga-se apenas 4mil cops para entrar. West View também é lindo. Lá tem um mergulho chamado Acqua Nauta, com capacete de oxigênio por 25 minutos. Não precisa ter curso, o instrutor desce com você até o fundo do mar (8 metros de profundidade) para ver os peixinhos de perto. Não fiz, mas fiquei olhando da superfície e pareceu muito legal.

Caso esteja por lá no horário do almoço há apenas um lugar para comer, bem na frente. Comida simples, mas digna. Em West View também se paga 4mil cops para entrar.

A melhor maneira de dar a volta na ilha é fazendo no sentido horário. A maioria das pessoas faz o oposto, aí os pontos de parada geralmente estão muito cheios. Fizemos assim, no sentido horário e foi ótimo pois os picos para entrar no mar estavam praticamente vazios.

Acuário e Rocke Kay foi um passeio que compramos na nossa pousada por 65 mil cops por pessoa. Valeu o preço porque incluía o transporte, almoço, guia, ver arraias no mar e uma explicação superinteressante sobre alguns pontos e curiosidades da ilha. Leva o dia todo, vá preparado.

-Cayo Bolívar é um passeio muito semelhante com o citado acima, mas acabamos não fazendo porque os dias que tínhamos programado para isso estava ventando demais e o mar um pouco agitado. Mas se estiver por lá e as condições forem boas, acho que vale a pena.

MAIS DICAS

– Para comprar a moeda local, o COP, achamos a melhor cotação dentro de um centrinho comercial no centro da cidade, chamado Davivenda. Uma vez feito o cadastro lá, você não precisa ficar levando o passaporte, apenas apresenta o documento que eles emitem, é bem rápido. Funciona de segunda a sexta das 10h às 12h e das 15h às 18h.

Há quem faça câmbio na rua mas a cotação não é tão boa. Mas alguns amigos fizeram e não tiverem problemas com nota falsa.

– Se for comprar água mineral para deixar no quarto, nos mercadinhos tem uma opção que vem num saco com um biquinho de plástico. Além de muito prática, é bem mais barata: 5 litros por 5 mil cops.

– Paga-se uma taxa em dólar para entrar na ilha. Se não me engano foram 90 dólares o casal. Fizemos o pagamento embarcando no aeroporto de Bogotá. É só se informar na companhia aérea, algumas tem um guichê especial para isso.

– Os táxis não têm taxímetro, eles te olham e estipulam um preço! Geralmente permeia entre 15 a 20 mil cops, sendo perto ou longe o destino.

– Em geral, andar pela cidade é seguro. Vimos policiamento o tempo todo. Soubemos apenas de um casal que se perdeu na volta a ilha de carrinho e tiveram sua mochila roubada.

– Na praia, geralmente locar a barraquinha (que parece uma casinha!) e duas cadeiras sai por 25 mil cops.

– Compre uma sapatilha de neoprene com solado de borracha, tem em todos os lugares e é barata (média de 12 mil cops). Você vai precisar para os passeios. Na praia central não é necessário, mas nas demais é legal sempre levar.

– Leve ou compre óculos de natação, eles são ótimos para uma visão nítida do fundo do mar! Vi muita gente comprando snorkel, mas como sabemos nadar não sentimos falta dele, porém é uma boa saída também.

– As frutas são maravilhosas, superdoces! No hotel tomamos suco de lulo (espécie de kiwi) e guanabana (graviola), maravilhosos! Também comemos muito maracujá, que é muito doce e diferente por dentro (transparente ao invés de amarelinho) e também pitaya, tão boa quanto.


Caroline Carvalho e Bruno Real são publicitários e moram em Curitiba.

@brnoreal

@dacarol

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário