Uma arte gigante estampada a céu aberto e espalhada por um corredor cinza da cidade pode trazer significados profundos para quem passa por ele e a observa. Mas, para quem vive naquele lugar, o sentido daquilo é ainda mais especial.
Brandy Melissa Santana Ramos, mais conhecida como Branwl, é moradora do Capão Redondo, o bairro da zona sul paulistana que acaba de ser presenteado com grafites ao longo da via elevada que percorre a linha 5-lilás do metrô, e assina uma das 37 obras do espaço. “Ter uma arte onde sempre vivi, na minha comunidade, é muito importante. Tanto para mim, enquanto artista preta de favela, que tem outros artistas como inspiração, quanto para quem me vê como inspiração”, diz ela.“A rua tem me ensinado que sempre são meios, atitudes e vivências em conjunto. A arte que pintei na pilastra também é sobre isso”, cita.
O projeto Street Art CCR, que envolve especialmente artistas da região, é fruto de uma parceria entre a ViaMobilidade, que opera o metrô, o Instituto CCR e a Dionisio.Ag, responsável pela curadoria e produção artística das ações sob o conceito da mobilidade humana.
A atividade também incluiu alunos da rede pública, que aprenderam dinâmicas de pintura e de lettering com os artistas locais. Dessa forma, os pilares agora estampam mensagens carregadas de força e alicerce para as nossas próprias travessias.
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Esse conteúdo foi publicado originalmente na Edição 258 da Vida Simples
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