Projeto estampa arte e pertencimento em paredes de comunidades
Alexandre Keto usa material de construção para transformar fachadas de comunidades e dar valor à história do morador.
Durante uma viagem ao Egito, o artista plástico Alexandre Keto percebeu que, além da beleza e cultura expostas nas paredes dos templos e pirâmides, havia também um sentimento de proteção e cuidado com o patrimônio social de gerações de famílias ali representadas.
Ao voltar para o Brasil, criou o projeto artístico-social OBRA de arte, que faz intervenções em casas e barracos de comunidades e favelas com a ideia de potencializar a sensação de pertencimento dos moradores. “Da mesma forma que os egípcios contam suas histórias nos templos, busco fazer com que os moradores falem das suas. Em uma casa na Cidade de Deus (Rio de Janeiro), descobri que a neta da moradora era trancista, por isso fiz duas mulheres negras trançando cabelos”, conta o paulistano, nascido na zona leste da cidade.
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Para a construção das fachadas figurativas, ele usa cimento – daí a licença poética para o nome do projeto – e mão de obra local. “A ideia é fazer dessa mobilização um mutirão em prol da arte e do embelezamento, e também da segurança. Uma moradora chegou a dizer que a intervenção vai protegê-la de balas”, revela. Com estreia no Morro da Providência, a ação segue pelos Morros da Mangueira, Prazeres e Cantagalo, no Rio de Janeiro, e Heliópolis e Capão Redondo, em São Paulo.
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