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Lugares inusitados que vão despertar a arte em você
Marcus Loke | Unsplash
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Obras de arte só estão presentes nos museus, pinacotecas e galerias? Felizmente, não! Como a língua, a arte é um elemento vivo de qualquer sociedade e está presente no cotidiano, no trabalho e pode ser vista nos deslocamentos pela cidade. São tantas opções: grafites, artistas de rua que se apresentam nas praças e nas ruas, cantores e músicos independentes nas estações de metrô.

Claro, não queremos aqui romantizar essas histórias, sabemos o quanto é difícil produzir e ser reconhecido por trabalhar com arte no Brasil, mas você já havia parado para pensar quantos elementos artísticos permeiam nosso cotidiano sem percebermos? Eu não gosto de repentistas populares, por exemplo, mas eles são muito comuns em feiras livres de alguns estados do Nordeste e influenciaram, inclusive, o rap brasileiro com suas rimas.

Se formos comprar algumas frutas e verduras em uma feira do bairro, temos uma grande chance de encontrar artistas populares no caminho ou até mesmo em meio às compras, como alguém vendendo artesanato, quadros e desenhos.

Para despertar o olhar atento e curioso para a arte, reunimos lugares especiais que podemos nos deparar com a criatividade e as expressões produzidas pelo corpo. Boa leitura!

As Casas de Cultura Popular são construções comuns no interior do país, especialmente porque esses lugares costumam ter poucos museus. Esses espaços costumam ocupar os casarões históricos dos centros das cidades, reúnem objetos e móveis que fazem parte da história de um município.

Frequentemente, é comum que as Casas de Cultura Populares abriguem exposições temporárias, eventos educativos como oficinas de teatro, pintura, dança e artesanato. Com apoio de políticas públicas, esses espaços oferecem atividades que atendem um público diversificado, dos mais jovens até os mais idosos.

Grafites e expressões gráficas na rua

Se você está em São Paulo e ainda não conhece o Beco do Batman, precisa incluir uma visita na sua agenda. Localizado em uma travessa no bairro Vila Madalena, reúne grafites, pinturas e outras expressões artísticas nos muros das casas. Uma “galeria ao ar livre”, ótimo passeio para despertar a criatividade e conhecer o trabalho de diferentes artistas de rua na cidade.

Mas os grafites não estão só em pontos específicos, podemos encontrá-los nos prédios, muros e inúmeros outros lugares. Sair de casa e colocar os pés no mundo é ter a certeza de que iremos nos deparar com uma infinidade de estímulos visuais, sonoros e táteis, não tem jeito, e isso é maravilhoso!

Aproveite para acompanhar as expressões gráficas, sejam elas pichações ou grafites, enquanto caminha pela cidade, se desloca de ônibus ou aproveita os poucos segundos do metrô quando não está no subsolo.

beco do batman com diversos grafites na travesse ao longo dos muros. arte Beco do Batman na Vila Madalena. Foto: Deisy Rodrigues – São Paulo Sem Mesmice

Arquitetura

Os prédios, edifícios, casas e construções, de uma maneira geral, não são só meros espaços para nos abrigarmos e possibilitar conforto. Bom, isso é meio óbvio, não é? Mas é importante destacar o quanto questões sociais, políticas, históricas e econômicas influenciam na forma como a arquitetura é pensada e aplicada na sociedade.

Percorrer o centro histórico de São Luís (MA) certamente é uma experiência bastante diferente de caminhar na Avenida Paulista. Os dois reservam suas histórias, épocas e belezas únicas contidas ali. Nada mais prazeroso do que admirar a arquitetura de um lugar que visitamos ou da própria cidade onde moramos.

Olhar para os prédios ou casas, imaginar quantas vidas já passaram por ali, o que levou os arquitetos a pensarem naquela estrutura, como isso influencia a energia da cidade e como ela se mostra ao mundo. Legal, não é?

casarões no centro histórico de são luis entre uma rua estreita Centro histórico de São Luís. Foto: Ilam/ Divulgação

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Cinema comunitário

O surgimento dos streamings nos levaram para uma sala de cinema dentro do próprio quarto, de certa forma, perdemos a experiência sensitiva de nos deslocarmos e vermos coletivamente uma produção. Com isso, houve uma redução das salas de exibição nas ruas, por exemplo, a maioria são encontradas em shoppings ou grandes franquias, mas sabia que podemos encontrar cinemas populares?

É comum que cidades, especialmente as maiores, apoiem o funcionamento de cinemas populares — que oferecem filmes a um baixo custo ou até mesmo gratuitamente. Além disso, comunidades e organizações promovem cinemas comunitários, especialmente nas periferias, para a exibição gratuita aos moradores locais. Um espaço não só para encontrar a arte no próprio bairro, mas para apreciar coletivamente.

Artistas de rua

Comentava no início da matéria sobre a presença de cantores nas estações de metrô, mas há também rappers que encontramos nos ônibus e até mesmo no deslocamento num vagão. Ah, como já foi dito, os repentistas nas feiras livres de alguns estados do Nordeste são um ótimo exemplo de artistas de rua.

Indo a praças ou avenidas movimentadas, é fácil passar por pessoas realizando apresentações de dança, vendendo artesanato e chamando a atenção dos transeuntes para o que produzem. Às vezes, por imaginar que a arte existe apenas nos espaços privados, nos esquecemos de perceber as potencialidades da rua.

homem negro com cabelo cacheado se apresenta dentro de um vagão de metrô. arte Rapper MC Estudante faz apresentações no metrô do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação/ Instagram

Fotografias

Por muito tempo as fotografias eram caras e restritas a públicos mais abastados das grandes cidades. Aliás, a primeira foto que se tem registro foi feita pelo francês Joseph Nicéphore Niépce em 1826. Ele posicionou a câmera diante de uma janela e o processo todo levou oito horas para ficar pronto.

Agora, pense comigo, em oito horas, quantas imagens conseguimos fotografar, encontrar na cidade e nas redes sociais? A fotografia é muito mais democrática e acessível. Claro, ir a um museu onde elas estejam expostas é uma experiência única, mas também temos a possibilidade de acompanhar o trabalho de inúmeros fotógrafos por meio de suas redes sociais ou sites.

Museus virtuais

Mora longe de museus ou ainda não existe um na sua cidade? Os museus virtuais são ótimas opções para termos a experiência completa de forma online dentro de casa. Um exemplo é o Museu do Louvre. No site, há a opção “online tours“, onde é possível visualizar imagens das obras do espaço em uma boa resolução, além de percorrer os corredores.

Aproveite e experimente fazer isso com lugares que você deseja visitar, mas ainda não teve a oportunidade. Vale lembrar que não são todos os equipamentos culturais que oferecem experiências do tipo, por isso, se certifique antes se há essa possibilidade.

imagem de uma pintura que mostra jesus crucificado e pessoas ao redor. arte Tour virtual no Louvre. Foto: Divulgação

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